Comida di Buteco

Vencedor de 2022, bar aposta no prato "De cabo a rabo"

Vai começar a 23ª edição do Concurso Comida di Buteco que terá como tema ervas e especiarias. O bolinho que leva na massa, mandioca e no recheio costela bovina e queijo Minas para acompanhar, é a novidade do Bendita Espetaria

Adriana Queiroz
29/03/2023 às 21:47.
Atualizado em 29/03/2023 às 22:29
Bolinho "de cabo a rabo" (Arquivo Pessoal)

Bolinho "de cabo a rabo" (Arquivo Pessoal)

A edição de 2023 do concurso Comida di Buteco em Montes Claros começa na próxima semana, 7 de abril, e se estende 24 dias, até 30 de abril. O Norte falou com o campeão do concurso do ano passado Frederico Guilherme, de 30 anos, chef de cozinha premiado e apaixonado pela profissão e tudo que a envolve. Ele se emociona sempre ao falar das matriarcas da família, a saudosa Maria Augusta Pereira, conhecida como Dona Lourdes e Lídia Teixeira de Souza que celebra ao lado dele, as conquistas, como a de campeão do Comida di Buteco 2022.

Falar sobre cozinha para Frederico é falar praticamente da sua vida, de sua essência, de onde aprendeu desde menino, ao lado da bisavó, avós e mãe.

“Elas sempre fazendo quitandas, doces, comidas boas com ingredientes regionais, tudo isso em casa. Cresci nesse berço de culinária de sabor, essa tradição de comida boa, uma comida feita no fogão a lenha, caseira. E onde todo mundo tem uma lembrança, um cheiro que remete a infância”, diz. 

Ano passado você faturou o primeiro lugar no concurso com o prato “Benditas ao Pomodoro” (almôndegas recheadas com azeitona e purê de batatas acompanhadas de bastante molho e queijo derretido). Foi motivo de muita festa na família, não é?
Foi muito especial porque ele tinha ingredientes e produtos que nós da minha família gostamos de consumir. Foi mais especial ainda pelo resultado do concurso comida de buteco, parecendo um prato simples, mas nos levou a ser o campeão, não fazendo referência que o prato deve ser simples ou que deve ser muito requintado, e sim o segredo. Foi um prato que teve sabor, qualidade, e um carinho de cada um de nós, para nossos clientes. Esse resultado veio através da votação que nos levou ao pódio.

Você chegou ir a etapa final em São Paulo.  Nos conte como foi a experiência.
Nós fomos para São Paulo representando muito bem o norte de Minas, o povo geraizeiro como muitos dizem e nós chegamos lá tivemos uma boa participação no concurso com experiências maravilhosas naquela grande São Paulo. E também o concurso nos colocou a nível nacional com todos os bares que ganharam na sua cidade. Isso já é uma experiência enorme de estar com todos os campeões regionais do concurso.

Entradinha feita com feijão, ervas finas e um toque de pequi (Alexandre Fonseca)

Entradinha feita com feijão, ervas finas e um toque de pequi (Alexandre Fonseca)

 Em sua opinião, qual é a importância do Comida di Buteco para os bares de Montes Claros?
O concurso tem uma importância muito grande porque eleva os bares e valoriza principalmente aqueles que são os pequenos bares familiares, tradicionais, que servem comida boa caseira. O intuito do concurso é valorizar esses locais, de raiz, pequenos e que podem projetar para serem grandes bares sem perder a sua essência.

Para essa edição, qual o prato que você preparou? Pode nos adiantar? 
Nessa edição onde o tema são especiarias temperos ervas, resolvemos olhar para dentro da nossa realidade de boteco. O nosso prato concorrente é um bolinho que na massa dele vai mandioca, o recheio é feito com costela bovina e queijo Minas para acompanhar. Vai com dois molhos, um com pimenta e um com coentro. A gente traz esses quatro elementos: a mandioca, a carne de gado, a pimenta o coentro fazendo a regionalização e também em toda Minas Gerais encontramos pratos que levam esses ingredientes, daí surgiu o nome do prato "de cabo a rabo".

Conte-nos uma experiência que marcou nesse tempo que cozinha  
Aprendemos muita coisa com minha avó, mãe de minha mãe, ela já faleceu Dona Lourdes. Ela deixou tatuado na nossa essência sobre o que é comida boa, sobre o que é servir bem as pessoas. Ela tinha uma marmitaria, vendia marmitas na residência dela mesmo, na área. Uma pessoa que foi cliente dela por muitos anos voltou aqui a Montes Claros e almoçou lá no nosso restaurante, pediu um PF quando ele terminou de almoçar, ele falou "eita igual o tempero da velha Lourdes". Isso foi falado em tom de brincadeira pelo jeito que ela era, brincalhona e bem divertida. Tudo isso nos mostra que a essência de uma cozinha passa de geração para geração e confirma mais ainda os ensinamentos dela na nossa cozinha.

Qual diferencial de sua cozinha?
Acho que o resume a nossa cozinha, e o que chega a ser o diferencial do nosso bar, primeiro é a qualidade e sabor dos nossos pratos Esse é o principal diferencial que a gente proporciona quando nossos clientes e muitos amigos que vêm tomar uma gelada e pede um tira gosto, uma porção qualquer. Outra coisa é o sabor e a qualidade do que é servido. Sabor de comida caseira, comida de vó.

Chef Frederico Guilherme, de 30 anos. (Arquivo Pessoal)

Chef Frederico Guilherme, de 30 anos. (Arquivo Pessoal)

 Faça um convite aos leitores para provar o tempero do Bendita.
Quero convidar todos os leitores e apreciadores desse jornal, esse veículo importante de comunicação a vir na Avenida Cula Mangabeira, 661, bairro Santo Expedito e possa saborear e ter essa experiência aqui no Bendita. Comida boa, bebida gelada, bom atendimento e outras coisas também.  Aproveite o período do festival e deem uma passadinha aqui. Visite também outros bares também para conhecer, tantos os novos e os antigos. Aqui a minha família tem o prazer em atender você.

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