Um ativista em prol da arte brasileira

Assim se define Paulo Henrique Veloso Souto, cineasta homenageado no Psiu Poético

Adriana Queiroz
17/09/2019 às 08:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:47

A 33ª edição do Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético acontecerá entre os dias 4 e 12 de outubro e dará destaque para as produções audiovisuais. O festival deste ano terá como tema “Psiu Cinema” e homenageará um dos grandes expoentes da sétima arte nacional, o montes-clarense Paulo Henrique Veloso Souto. 

Paulo é formado em Comunicação, tem carteira no Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro nas funções de diretor cinematográfico, produtor executivo e ator. Tem formação de ator pelo Teatro Tablado de Maria Clara Machado.

“Fiquei honrado com o convite. Acompanho o trabalho do Aroldo Pereira desde a primeira edição do Psiu Poético, uma iniciativa que deu certo e que leva o nome de Montes Claros mundo afora”, diz.

Paulo Henrique estudou no Jardim das Irmãs Mercedárias e o primário, do outro lado da rua, no Grupo Escolar Francisco Sá. Fez o ginásio e científico na Escola Normal e Colégio São José. Além da Faculdade de Comunicação, estudou na Escola de Artes Guignard, em BH.
 
De volta a Montes Claros, você percebe um boom na arte? A cidade é uma fábrica de artistas?
Que Montes Claros é uma fábrica de artistas é inegável. Viva e reviva! Toda vida foi assim. Daqui saíram dois membros de Academia Brasileira de Letras – Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro – e quatro consagrados cineastas – os irmãos Ricardo e Mauricio Gomes Leite, Carlos Alberto Prates e Alberto Graça. Como eu disse ‘saíram’ daqui para outras plagas, devido à falta de oportunidade na própria terra, mas deixaram legados para o mundo, e muitos ficaram aqui mostrando sua arte nas rádios, teatros. Hoje, a cidade tem inúmeros artistas em todas as áreas – teatro, pintura, música, escritores. Beto Guedes, Murilo Antunes, Élcio Lucas nos representam mundo afora na música popular. E os artistas natos: os membros dos Catopês, Marujada e Caboclinhos, que exibem suas habilidades nas ruas em agosto. Mas falta um teatro de porte, com boa acústica, uma sala de cinema e livraria no mesmo espaço para o reconhecimento da arte local.
 
Consta de seu currículo a participação em mais de 200 produções, tendo atuado como ator, diretor, assistente de direção, assistente de produção, produtor, além de divulgador, agitador e assessor de comunicação em diversas produções nacionais. Dentro de tantas atividades, como se define?
Me defino como um colaborador para o reconhecimento da arte brasileira, sem nenhuma modéstia, e isto é um luxo, poder fazer o que gosto. Desde trabalhar nas produções, frequentar os sets de filmagens, ora atuando, em mais de 70 participações em filmes, além de televisão. É importante divulgar centenas de filmes, acompanhando diretores e atores por várias cidades do país, antes da internet, trabalhando na extinta Embrafilme e com a minha empresa PHd Divulgação no Rio. Aprendi muito nestes anos dedicados, principalmente ao cinema brasileiro, nas mais diversas atividades, conciliando trabalhos e me dedicando com muito prazer. Uso uma frase: ‘Vida rica que o cinema me proporciona’! 
 
Como é voltar para o Norte Minas, celebrando a sua família?
Um presente tipo ‘o (...) filho à casa torna” (risos). Minha família é enorme e conviver com meus irmãos e todos os sobrinhos, sobrinhos netos e bisnetos é um deleite. Me tratam com um carinho que só me traz gratidão. E o resgate de velhos amigos, conhecer outros novos e viver pelo simples prazer de viver. Escutar a voz de um bisneto no celular, dizendo: ‘tio, vem logo brincar de massinha”, não tem preço.

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