Reforma do casarão da Fafil será reiniciada

Jornal O Norte
24/01/2008 às 10:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:23

Ascom/Unimontes

http://www.unimontes.br/noticias.php?id=2898Serão reiniciadas em março próximo, as obras de restauração e reforma do ‘Casarão da Fafil’, que passará a abrigar o Museu Regional do Norte de Minas. É o que confirmou, na manhã desta quarta-feira (23/01), o reitor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), professor Paulo César Gonçalves de Almeida, tendo ele assegurado, ainda, que os recursos financeiros já foram depositados e os respectivos projetos estão em fase final de elaboração, bem como já estão sendo adotados todos os procedimentos legais e administrativos para contratação dos serviços.

Do total previsto de R$ 1.077.674,66 para investimentos, já haviam sido liberados, anteriormente, cerca de R$ 400 mil através do programa ‘Cemig Cultural’. Os outros R$ 677.674,66 foram disponibilizados, em dezembro último, pelo Instituto Oi Futuro, da empresa Telemar Norte Leste S/A, ambas as doações efetivadas com base na “Lei Rouanet”, tendo sido celebrados convênios com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor).

A partir de gestões do reitor junto ao Governo de Minas, tanto num caso (Cemig) como no outro (Oi Futuro/Telemar), a liberação dos recursos só foi viabilizada em decorrência da atuação direta do governador Aécio Neves, com a participação do vice-governador, professor Antonio Augusto Anastasia e da presidente do Servas, Andréa Neves da Cunha, com o apoio da Secretária de Estado de Cultura, Eleonora Santa Rosa.

A Unimontes é responsável pela administração do casarão e pela criação do Museu Regional, sendo o projeto apontado como “um dos sonhos mais antigos da comunidade regional”, uma vez que o Norte de Minas ainda não dispõe de espaço específico para exposição de seu acervo cultural. No aspecto histórico, o ‘Casarão da Fafil’ está entre os principais marcos educacionais de Montes Claros, tendo sido sede do primeiro ‘grupo escolar’, da antiga Escola Normal (primeiro estabelecimento para o segundo grau - ensino médio) e dos primeiros cursos superiores da região.

Na avaliação do professor Paulo César Gonçalves de Almeida, “a concretização deste sonho vai garantir, definitivamente, a integridade da cultura regional e, por isso mesmo, por dever de justiça, é preciso registrar e enaltecer que, isso só está sendo possível, porque contamos, uma vez mais, com a valiosa solidariedade do governador Aécio Neves, do vice-governador, Antonio Augusto Anastasia e de toda a equipe do Governo de Minas”.  Ele observa, ainda, que, “além de preservar a ‘memória’ das cidades, o Museu Regional vai servir como fonte para pesquisas mais precisas sobre todas as fases da história do Norte de Minas”.

O QUE SERÁ FEITO

Sob orientação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e, também, da Secretaria de Estado de Cultura, os recursos disponibilizados serão aplicados nos serviços de carpintaria, marcenaria, serralheria, pintura (externa e interna), além da construção de escadas, rodapés e de pisos. As obras devem ser concluídas, “na pior das hipóteses”, em março de 2009, mas o reitor da Unimontes afirma que estará pessoalmente empenhado na agilidade dos serviços, pois pretende que a reinauguração do casarão e o início de funcionamento do Museu ocorram ainda em dezembro deste ano.

Paralelamente à recuperação física do prédio, a Pró-Reitoria de Extensão vai coordenar uma ampla pesquisa junto aos acervos culturais dos municípios norte-mineiros. Esse trabalho será realizado por equipe multidisciplinar formada por cinco professores e 15 acadêmicos de cursos de graduação ministrados no campus-sede e nos demais ‘campi’ localizados no Norte de Minas. A Universidade será responsável, ainda, pela elaboração de uma agenda regional, com ênfase para os eventos culturais, como festivais folclóricos, Folias de Reis, ternos de congado e manifestações religiosas, dentre outros.

REFERÊNCIA HISTÓRICA

O ‘Casarão da Fafil’ localiza-se na Rua Coronel Celestino, 75, no centro de Montes Claros. Integra o conjunto arquitetônico na área próxima à Igreja Matriz de Nossa Senhora e São José, no centro histórico da cidade. O prédio foi construído entre 1888 e 1889 pelo Coronel José Antônio Versiani, sendo tombado pelo município através do Decreto nº 1.761. Para o Iepha, trata-se de uma das mais notáveis construções de Montes Claros, tanto pelo seu valor histórico como arquitetônico.

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