Os cortejos de agosto vistos por que gosta de dançar e aplaudir

Jornal O Norte
Publicado em 24/08/2009 às 08:42.Atualizado em 15/11/2021 às 07:08.

Michelle Tondineli


Repóter



Na manhã de quinta-feira, 20, foi realizado o primeiro cortejo das Festas de agosto. O cortejo a Nossa Senhora do Rosário deixou curiosas pessoas de toda a região, estudantes e moradores de Montes Claros que assistiam à concentração na praça da escola Gonçalves Chaves ou do Automóvel Clube, oficialmente Praça Dr. João Alves.



A sexta-feira de manhã, 21, foi seguida pelo cortejo do reinado de São Benedito.



Neste sábado será a vez do cortejo do Império do Divino Espírito Santo, e amanhã pelo o Encontro mineiro de Ternos de Congado.



A caboclinha Jéssica Alves Lima revela que batizar a flecha é uma das tradições do grupo, o que ela realiza há 15 anos.



- Eu gosto das festas porque elas valorizam a nossa cultura popular. E, para não acabar, devemos sempre estar ativos, participando e dançado, renovando a cada ano - diz.



Já para o catopê João Vitor Silva Nere, participar das Festas de agosto representa para ele um grande incentivo à cultura.



null- Há dois anos eu participo e acho muito bom, porque eu não fico preso às tecnologias. Para dançar, todo ano eu preparo a minha roupa, o meu capacete e toco o meu pandeiro. Valorizar a nossa cultura é o que quero, por isso pretendo ficar no grupo igual ao mestre Zanza - diz.



(foto: MICHELLE TONDINELI)


Mestre Zanza, o catopê símbolo de Moc.



Há 72 anos, desde os três de idade, o Mestre Zanza realiza dança no grupo de catopês que comanda. Ele sempre está animado e preparado para passar seus conhecimentos aos mais novos, apesar de não acreditar que fiquem muito tempo no grupo.



- Hoje, o mundo está diferente, então, quem vem de fora da família catopê não vai ficar muito aqui, só a família de catopês vai sobreviver ao tempo. É importante as pessoas valorizarem a nossa dança, e importante que as pessoas nos conheçam. O povo da cidade é mais religioso - diz.



Zanza ainda fala que todos os anos o movimento da população é o mesmo, não mudando muito.



- O primeiro dia sempre fica vazio, mas nos outros dias sempre vai melhorando, até domingo a praça fica cheia. Quanto mais gente, melhor. E se Deus me der mais 20 anos, eu continuarei dançando mais - diz.



Aginaura Ferreira Pimenta trabalha no Centro de Montes Claros, e fala que nem sempre consegue assistir ao desfile, por estar trabalhando, mas que sempre procura uma forma de ir à concentração.



- Acho as Festas de agosto lindíssimas, tanto que meus filhos já foram  reis e rainhas. Ano que vem pretendo colocar a minha neta. Eu sempre dou um jeito para ver pelo menos o cortejo de saída - diz.

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