Paula Machado
Repórter
o mesmo tempo em que Montes Claros completava seus 151 anos de existência, perdia um grande ícone da cultura local, o filho da terra, que tanto adorava a cidade, Hélio Guedes, nascido em 26 de janeiro de 1948 e falecido no dia 3 de julho de 2008, com 60 anos de idade.
O velório do artista aconteceu durante todo a quinta-feira na sala Godofredo Guedes no Centro Cultural. Do local em homenagem ao seu pai, os amigos puderam dar o último adeus a Patão.
O velório aconteceu na sala que tem o nome do pai de Patão,
Godofredo Guedes no Centro Cultural
(foto: DRIKKA QUEIROZ)
O corpo foi enterrado no cemitério do Bonfim. Durante o cortejo o artista recebeu várias manifestações. Uma delas do sobrinho Gabriel Guedes, filho de Beto Guedes, que tocou durante o velório.
Beto Guedes abalado com a perda do irmão, não participou do velório.
Hélio resolveu galgar o mesmo caminho de seu pai durante toda sua vida, artista plástico e compositor, também pintava placas e letreiros como Godofredo Guedes. Durante sua vida foi um grande homem, inteligente e criativo, Patão, como era chamado pelos amigos, que inclusive eram muitos, também trabalhava na área de publicidade criando várias logomarcas para empresas, consultórios médicos entre outras entidades.
Patão gostava muito de pintar nas suas obras a parte histórica e a vegetação da cidade que tanto amava. Recuperava telas antigas pintadas pelo pai, reparava imagens de santos e de instrumentos musicais como pianos, bandolins, cavaquinhos, violões entre outros.
- Ele sofreu muito com a doença, mas mesmo assim nunca se entregou. Meu irmão era guerreiro e permaneceu assim mesmo com a doença que o debilitava bastante. Era uma pessoa inteligente. Vivia muito no meio cultural, viveu intensamente. Foi um artista da terra. Era uma pessoa querida por todos - fala sua irmã, Tereza Guedes.
HISTÓRIA
Hélio trabalhou na prefeitura municipal de Montes Claros na área de cultura. E é o idealizador e criador do projeto cem anos de Godofredo. Um grande sonho do excepcional artista, que era de ver sua obra terminada.
- Meu irmão ansiava muito por ver seu projeto terminado. Era o sonho maior dele. O projeto foi aprovado pela prefeitura, mas infelizmente não foi colocado em prática, uma das características do nosso Brasil. Projetos que nunca são realizados. Nós gostaríamos que esse realmente saísse do papel, pelo menos em memória e consideração a esse grande artista que sempre contribuiu para a cidade – desabafa Tereza Guedes.
Montes Claros chora por essa perda. Mas nosso querido Patão sempre ficará na memória e no coração de todos. Descanse em paz meu amigo querido/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"center">
Hélio Guedes é um dos grandes talentos de Moc
(foto: ARQUIVO XU MEDEIROS)
AGRADECIMENTO DA FAMÍLIA GUEDES
A família Guedes sensibilizada pela perda de nosso querido Patão, agradece aos carinhos e a dedicação dos médicos: Doutor Marcílio, doutora Romana, doutora Príscilla e a doutora Cláudia. Agradece também a enfermeira Renata da ancologia e a toda a equipe de enfermagem e o corpo de bombeiros que cuidou de Patão com tanto afinco e amor. Que Deus abençoe todos vocês! Muito obrigada!Gratidão da família Guedes