Michelle Tondineli
Repórter
Montes Claros é uma cidade histórica que contribui para o desenvolvimento do cinema brasileiro. Pessoas ligadas ao cinema têm uma trajetória representativa dentro da trajetória do cinema brasileiro, que hoje são extremamente conceituados no Brasil.
- Como o Alberto Graça, que já produziu dois filmes, o filme político Memórias do Medo e o filme policial Dia da Caça. Tem a Vânia Catane produtora, que agiliza e administra a produção do filme, já produziu Amarelo Manga e Narradores de Javé, e está por traz da produção do Selton Melo e Matheus Martegali. A Beth Formagini que é produtora do Eduardo Coutinho um dos maiores documentaristas brasileiro, ela já lançou dois documentários e esta começando uma carreira muito bem conceituada nisso. Tem o Carlos Alberto Prates Correia que é um dos maiores nomes de direção cinematográfica do Brasil fez as triologias mineiras o Caberé Mineiro, opera do norte de minas, Noites do Sertão adaptação do Guimarães Rosas, Minas Texas cenas filmadas dentro da cidade de Moc, filmados na região do norte de minas. E o Paulo Henrique Souto é importante pela área da divulgação cinematográfica, especialista em assessoria de imprensa pra filmes, como O Dia da Caça”, “Cabaret Mineiro”, “Minas, Texas”, “Ópera do Malandro” e um filme exibido no cinesesc Anahy de Las Missiones, alem de divulgação o Paulo também participa como extra, fazendo bicos como motorista, porteiro e outros - conta.
Os cineclubes sempre existiram na cidade, mantinham sempre as salas de cinemas de Rua Cheia, como o circuito de exibição no norte de minas nos cines Moc, São Luis, Coronel Ribeiro e outros. No cineclube as pessoas discutem filmes que não vêem no shopping e não acham na locadora.
CINEMA COMENTADO
O coordenador do cinema comentado Elpídio Rocha, conta que as primeiras sessões foram realizadas na sala Geraldo Freire, e contaram com o apoio do ex-vereador Sued que disponibilizava o equipamento e o Fernando Rodrigues idealizador do programa.
(foto: DIVULGAÇÃO)
Equipe o Cinema Comentado.
Criado no dia 23 de agosto de 2003, o Cinema Comentado, é um movimento cineclubista que funciona como alternativa para quem quer escapar do circuito comercial de cinema.
Em sua primeira fase o Cinema Comentado Cineclube discutia as possibilidades da dinâmica cinematográfica, e o processo de construção de uma visão crítica da platéia. O primeiro filme exibido no cinema comentado foi Ladrões de Bicicleta e contava com a divulgação de cartazes colados nos quadros de avisos das faculdades da cidade. Em 2004 Elpídio foi convidado a participar como comentarista no final dos filmes, pois um dos problemas iniciais do programa era encontrar alguém que tivesse tempo.
A segunda fase envolveu oficinas de direção, roteiro, produção e documentário, exibição de filmes, debates e palestras, durante o Primeiro Festival de Cinema de Montes Claros, que aconteceu em janeiro de 2007.
- O festival de cinema na Praça da Matriz era aberto para todo mundo, exibindo no telão filmes como Vida de Menina, Amarelo Manga, Cinema, aspirina e Urubus. Foi uma coisa extraordinária, qualquer pessoa que viu aquilo ali ficou encantado. O Alberto Graça, o Cláudio Assis, o Paulo Henrique Souto, estiveram aqui para prestigiar e participar do festival. O Paulo e o Alberto disseram que ficaram encantados pelo festival de cinema, o Cláudio Assis ficou apaixonado por Montes Claros, tanto que voltou para lançar outro filme. O pessoal do curta, Minas de BH também esteve aqui, auxiliando nas exibições de curtas circuitos, revela.
Em sua terceira fase no ano de 2008 foram apresentadas algumas produções de curtas, resultado do festival de cinema. Existe uma mudança na queda de público, e não é realizado o segundo festival de cinema.
- Em 2005 o objetivo é distribuir movimentar e divulgar os filmes, mostrar uma dieta de filmes diferente do shopping, o que tem de mais relevante, e mostrar a qualidade do cinema brasileira, estimulando também a produção cinematográfica, mostras temáticas, cada mês, um tema diferente, um diretor diferente. O auge do cinema comentado foi de 2006 a 2007, com media de 80 a 100 pessoas em uma sessão - explica.
No final de 2008 surge a parceria com o Sesc, com o projeto de divulgação de filmes brasileiros, desde a década de 20 ate a época da retomada. E agora o cinema comentado vive a sua quarta fase, que é a transformação em entidade autônoma.
A partir de junho de 2009 passa a ser uma entidade autônoma com diretoria executiva e novo local de funcionamento. Ele agora acontece aos sábados, a partir das 19h na sala 44 do Sesc de Montes Claros, em parceria com o CineSesc, cujas sessões continuam no domingo.
- Em 2009 ficamos dois meses parados e retornamos agora com nova equipe e novos projetos, o cinema comentado funcionar como uma instituição autônoma, com estatuto, diretoria executiva, uma perspectiva de entidade. Devíamos ter tido na época em que estávamos no auge. Seriamos independentes hoje e poderíamos ate ter nossa própria sala de exibição, com leis de incentivo. O cinema é periódico, pois com o apoio do sesc isso é possível agora. É um processo de retomada, construção de um site, newslater, um blog, uma revista pra discutir sobre cinema, oficinas de produção de cinema - afirma.