Cultura

Grupo teatral Quatroloscinco apresenta espetáculo “Fauna” em Pirapora

Gratuitamente, evento será realizado no próximo sábado (10) e domingo (11) na Biblioteca Comunitária Tamboril

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 07/05/2025 às 19:00.
Inspirado no livro O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim do indivíduo, do filósofo Vladimir Safatle, o espetáculo “Fauna” aborda temas como violência, desejo, liberdade, confissão e desamparo (Guto Muniz)
Inspirado no livro O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim do indivíduo, do filósofo Vladimir Safatle, o espetáculo “Fauna” aborda temas como violência, desejo, liberdade, confissão e desamparo (Guto Muniz)

O grupo de teatro Quatroloscinco, de Belo Horizonte, apresenta o espetáculo “Fauna” no próximo sábado (10) e domingo (11), às 19h, na Biblioteca Comunitária Tamboril, em Pirapora, no Norte de Minas. A sessão do dia 10 contará com tradução em Libras, e toda a programação é gratuita. Além das apresentações, o grupo realiza uma oficina de criação e produção em grupo, voltada a artistas profissionais ou amadores, produtores teatrais e interessados em geral. Para ingressos e inscrições, acesse: www.quatroloscinco.com.

Dirigido por Ítalo Laureano, “Fauna” é interpretado por Assis Benevenuto e Marcos Coletta, que estabelecem uma relação direta e íntima com o público. A proposta da “peça-conversa” é romper as barreiras entre palco e plateia, criando situações que inserem o espectador na cena.

Segundo o ator e fundador do grupo, Marcos Coletta, uma das principais inspirações para a criação do espetáculo foi a circulação nacional realizada em 2024. “Essa circulação nos mostrou o quanto o Brasil é diverso e como a espécie humana realiza constantes migrações e movimentos para sobreviver. Somos uma grande fauna em deslocamento, sempre no risco do desaparecimento.”

Sobre a proposta da peça, ele reforça: “Fazemos da conversa a própria peça. O encontro com o público é o eixo da obra, tudo converge para isso.”

Quanto à importância da gratuidade, Coletta ressalta que essa é uma forma de democratizar o acesso à arte: “A gratuidade atrai pessoas que talvez não pudessem ir se fosse pago. E como é um projeto com patrocínio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é fundamental chegar ao público da forma mais ampla e democrática possível.”

A tradução em Libras também tem papel fundamental na inclusão: “É muito interessante quando o público surdo comparece. Cria-se outra experiência, rica e diversa. A tradução em Libras é um convite a esse público e uma forma de integrá-lo à vivência teatral.”

Sobre a oficina, Coletta explica que o formato é dinâmico e se adapta ao perfil dos participantes. “Nossas oficinas não são para ‘ensinar’. Queremos trocar experiências. Compartilhamos a bagagem que acumulamos em 18 anos de trabalho e esperamos aprender com a vivência de cada participante. Acreditamos na produção de conhecimento por meio da troca horizontal”.

Após a circulação em Minas Gerais, o grupo retoma a turnê nacional de seu espetáculo mais recente, Velocidade, com apresentações previstas para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, ainda em 2025.

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