Michelle Tondineli
Repórter
O grupo musical Salão de Beleza se apresenta hoje, quinta-feira, às 19h, no auditório Marina Lorenzo Fernandez, do Conservatório estadual de música. O grupo é composto por sete mulheres, entre elas Magali Antunes (percussão e violão), Mariana Colto (violão e voz), Cida Rosa (percussão), Fabrícia Santos (voz e violão), Ruana Gabriela (voz e percussão), Andressa Lopes (voz e percussão), Karina Duarte (flauta) e Liliane Queiroz (baixo).
(foto: MICHELLE TONDINELI)
Ensaios acontecem durante o fim de tarde no espaço do conservatório.
A apresentação é para mostrar o trabalho do grupo de alunas recém formadas em educação musical, violão, e a união que surgiu entre elas.
O PORQUÊ DO NOME
De acordo com uma das organizadoras do grupo, Magali Antunes, o projeto Arte som existente no Conservatório tem o objetivo de formar grupos para a realização da análise da postura de palco, da sonorização, do trabalho em equipe, dentre outros.
Desta forma, no ano de 2008 a maioria das meninas estaria se formando em educação musical-violão. Foi quando Magali e a Liliane resolveram coordenar o grupo, até a formatura. Foi passando os ensaios e elas decidiram continuar com o grupo composto somente por mulheres.
- Quando fomos escolher um nome, vimos que quando se juntam muitas mulheres, tudo vira fofoca e várias trocas de experiência de vida, por isso, temos este nome (Salão de Beleza) - explica Magali.
Todas as meninas revelaram não sentir falta da presença masculina no grupo. Elas explicam que homem dá muito trabalho para coordenar, além de existir vários timbres de voz que podem justificar esta falta, sendo uma voz mais grave ou uma voz mais suave.
O GRUPO
Inicialmente, a banda só possuía violinistas com exceção de Karine, que é aluna de flauta reversa. Para conseguir uma percussão, um pandeiro e um chocalho foi necessário realizar experiência com todas elas, e ver quem possuía mais afinidade para certo instrumento.
O repertório é escolhido por todas as meninas, cada uma seleciona o estilo musical que gosta, procurando sempre a melhor forma de inovar, para sair do comum e do popular. Dentre o estilo musical estão o pop, samba, mpb, reggae, forró, baião e outros.
Para Marina Colto estar no grupo é uma experiência boa, na qual é realizado um crescimento musical e pessoal.
- Eu percebi que melhorei não só em violão, como em voz e percussão. Alterando a minha coordenação motora, além do crescimento que passamos, o convívio pessoal nos permite trocar de experiências umas com as outras, e por sermos todas mulheres temos muito em comum, fizemos muitas amigas, e sempre estamos aprendendo e tocando, conta.
Cida Rosa, concorda com Marina, e conta que descobriu um novo instrumento que ela achava não possuir vocação, é a percussão.
- Fizemos uma apresentação no shopping para um público grande, e essa experiência me marcou pois eu descobri que estou no grupo certo e quero sempre estar tocando, ressalta.
Já Fabrícia Santos, a experiência nova marca a sua vida, podendo dar grandes futuros frutos.
- Eu sempre fui tímida, quando cheguei aqui não abria a boca para conversar, hoje eu subo no palco e não tenho mais aquela ansiedade e medo. Acredito que cada uma conseguiu aprender um pouquinho com a outra, e continuamos aprendendo, afirma.
A vocalista e percussionista Ruana Gabriela, ressalta que é uma experiência ímpar de estar no palco, cada momento é marcante pois cada show possui um diferencial.
- O estilo musical que a gente toca é um estilo que particularmente eu gosto, e estou sempre procurando trazer sugestões para estar sempre inovando. O grupo é uma idéia interessante pois cada uma cresceu em um aspecto seja cantando ou tocando, então para mim o importante é estar no grupo, revela.
Segundo Andressa Lopes a vontade de trabalhar com música sempre esteve explicita em sua vida, e o grupo é importante para aprender a trabalhar e trocar experiências.
- A música compõe todos os caminhos da vida, é completamente diferente ter um grupo, você tem que saber dar conselhos, tem que saber escutar, porque isso ajuda o nosso crescimento musical, completa.
Antes era emprestada, agora é oficial, a flauta de Karina Duarte é o que deixa um som de suavidade no grupo.
- Como sou a mais nova, eu tive que ir me aperfeiçoando ao grupo. Com o tempo fui aprendendo a tocar em conjunto e pegando o melhor jeito para ficar interessante e chamativo, explica.
A coordenadora Liliane Queiroz explica que todas as meninas são responsáveis pela coordenação do grupo, a responsabilidade de ser professora não diz que ela e Magali são as únicas responsáveis.
- As meninas são super talentosas e é notável a cada ensaio, em cada apresentação a mudança delas. A qualidade aumenta e deixa um resultado muito interessante, elas são capazes de coordenar e ordenar o grupo. Se elas não tivessem esse grande talento, teríamos terminado o grupo na formatura e não estaríamos aqui ensaiando para um a nova apresentação em 2009, relata.
FUTURO
O grupo ainda não possui nenhum projeto para o futuro, além da atualidade de apresentação musical e crescimento das meninas. Marina conta que Magali sempre pensa no futuro, e Magali ressalta que assim deve ser.
- Eu particularmente já pensei no crescimento do grupo, espero que possamos realizar logo novas composições, participar de festivais e gravar um CD que mostre o nosso trabalho e que as pessoas saibam nos valorizar, frisa.
O QUE MELHORAR?
As meninas acreditam que para melhorar a qualidade e a visão de quem é o grupo, deve aumentar o espaço musical na cidade, além da estrutura.
- Os instrumentos utilizados são do conservatório, e geralmente em shows quem convida arca com o som, as vezes o próprio conservatório auxilia, mas ele é apenas um colaborador com o grupo. Acredito que nós precisamos de uma melhor qualidade e oportunidade para mostrar o nosso trabalho, salienta
Para mais informações sobre o grupo ou a apresentação ligue (38) 3221–4466.