Paula Machado
Repórter
O grupo teatral Faceato, apresenta dia 15 de julho no Centro Cultural, o espetáculo as dez mais do córtex cerebral, com duas sessões às 19h30 e às 21h.
(foto: DIONE AFONSO)
A peça é uma comédia que contagia e diverte o público. Conta à história de Alfredo, um cidadão comum e viúvo que, após perder sua esposa passa a conviver com a solidão. Ao descobrir um comportamento depressivo, procura uma agência de casamentos para encontrar uma companheira para suprir a falta de sua esposa. Mas tudo se complica nas qualidades dessa nova companheira.
HISTÓRIA
O grupo formado há 15 anos, apresenta peças em Montes Claros e região desde 1993. Dentre as peças já apresentadas são algumas como morte e vida Severina – 1993, como matar um playboy – 2002, febre puerperal – 2002, É preciso acreditar prevenir é melhor do que remediar – 2005 e as dez mais do córtex cerebral, uma comédia com adaptação de Anfilófilo Neto e Cirano Rosalem, em 2007.
GRUPO
Formado por cinco pessoas, incluindo o sonoplasta, o grupo já percorreu várias cidades do Norte de Minas, como Bocaiúva, Francisco Sá, Janaúba, Montezuma, Grão Mogol, entre outras. As peças que fazem mais sucesso, segundo Gilmar Honorato, diretor do grupo Faceato são Odorico o bem amado e visita inesperada e, em 2003 e 2005 ganhou com as mesmas peças o prêmio de melhor ator.
As peças apresentadas pelo grupo, segundo Gilmar, são releituras adaptadas. Ele ainda conta que as pessoas interessadas podem procurá-lo pra entregar peças teatrais que gostariam que o grupo apresentasse. Para ele o interesse do público pelo teatro aumentou.
- O interesse do público é ótimo não tenho nada a reclamar sobre isso. Mas enfrentamos problemas de origem física e financeira para poder colocar em prática os nossos espetáculos – afirma ele.
De acordo com Gilmar, as dificuldades atrapalham a elaboração dos projetos. Como conta que durante a apresentação da peça infantil a bela e a fera, as pessoas tiveram que se sentar no chão devido a falta de cadeiras. E ainda afirma que a falta de tempo também é crucial, visto que a agenda sempre está lotada e que o Centro Cultural não é uma instituição totalmente voltada para o teatro.
Ele revela que parece haver um projeto pra fazer um teatro municipal na cidade, mas que ainda não saiu do papel.
- Mas em um cenário mundial, vejo que as formas de cultura, tanto como o teatro, a arte e a música expandiram seu espaço, conquistaram mais fãs, principalmente com a mudança de governo que possibilitou um crescimento e uma divulgação maior – revela.
Mas a dificuldade maior que não afeta somente Gilmar e seu grupo teatral, mas todos os outros grupos é a situação financeira e a falta de espaço.
- O ator tem que exercer várias outras funções, como por exemplo, ser também publicitário e correr atrás de patrocinadores para colocar a peça em prática, para tirá-la do papel. Falta um apoio maior para nós – diz.
E da uma dica para os interessados em participar de eventos teatrais.
ATORES
As pessoas interessadas em participar de seu grupo teatral podem após os espetáculos procura-lo. Haverá uma avaliação e reuniões para as mesmas.
- O objetivo do nosso grupo sempre foi levar alegria e diversão através de nossos espetáculos para a platéia como também incentivar o maior número de pessoas para assisti-los. Um ator vive da platéia, da expectativa e da ansiedade que ela espera de suas peças. Ver e sentir as pessoas ansiosas e depois aplaudindo um espetáculo realizado por você é a melhor gratificação que nós temos – explica.
A expectativa como revela Gilmar Honorato é de casa cheia.
MOSTRA
- A mostra de teatro teve uma ascensão melhor que a do ano passado. Mas poderíamos ter mais espetáculos se não fosse o pouco tempo. Nosso grupo tem sete peças, mas só vai poder apresentar duas. E isso ocorre com os outros grupos também. A mostra também sofre com isso porque de 29 espetáculos, só vai apresentar 21. Na mais essa mostra está sendo ótima.
Gilmar parabeniza a comissão organizadora do evento e espera a colaboração do público para prestigiar suas peças.
FICHA TÉCNICA
Elenco:
Gilmar Honorato (Alfredo)
Bira Moreira (Magnólia)
Rodynaldo Brito (Antônio)
Monicke Ramine (Margaret)
Getúlio Evangelista (Sonoplastia)
Direção geral (Gilmar Honorato)