Gangue sem destino

“Days Gone” faz apanhado de várias visões a respeito do apocalipse zumbi

Marcelo Ramos
06/06/2019 às 08:56.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:59
 ( Fotos Divulgação)

( Fotos Divulgação)

A fonte de chorume do apocalipse zumbi parece não ter fim. E depois de quatro anos de produção e uma imensa expectativa, “Days Gone” finalmente chegou ao mercado. Exclusivo para PS4 (R$ 200), o game da Bend Studios é uma ode ao tema e insere elementos de diversas produções do cinema, da TV, dos quadrinhos e games.

O título gerou polêmicas sobre bugs, que exigiram uma força-tarefa para aplicar as correções. Mas nada que não faça parte da rotina de qualquer game da atualidade.

Em “Days Gone”, o jogador assume o papel de Deacon St. John, um integrante de uma gangue de motociclistas. O personagem tem um jeitão de Daryl, de “The Walking Dead”, com a habilidade de rastreamento e até mesmo munido de uma besta.

Apesar de ser um rebelde, mercenário e extremamente violento, Deacon é um sujeito cheio de valores como lealdade aos amigos, um código que o impede de matar mulheres, sem que seja “necessário”, e um amor incondicional pela esposa. Muitas vezes, suas virtudes se viram contra ele. Isso dá tempero à trama.
 
A HISTÓRIA
No game, os mortos-vivos são chamados de frenéticos e são bem mais espertos que as criaturas letárgicas de “The Walking Dead”. O fôlego deles é mais parecido com o dos monstros de “World War Z”, com aversão à luz.

Deacon precisa reencontrar a esposa, que foi levada ferida para uma instalação militar, há dois anos, quando o mundo virou de cabeça para baixo. Trata-se daquele início padrão de toda produção do gênero, sempre evidenciando as perdas no momento que a civilização desmorona.

Aconteceu isso em “The Last of Us”, nos seriados, e se repete em “Days Gone”. Mas tudo isso serve pra construir uma estrutura da campanha, com apelo emocional, que é enriquecida com infinidade de missões paralelas.
 
O JOGO

“Days Gone” é um Action RPG por concepção. O jogador tem um imenso mundo aberto para explorar, uma grande variedade de personagens para interagir e, claro, muitos sobreviventes de olho em seus pertences, assim como zumbis famintos por suas tripas.

Assim, a jogabilidade se mescla entre a exploração, solução de problemas, combates e pilotagem de moto. No entanto, há uma linearidade na trama, que sempre tenta direcionar as ações que jogador deve tomar.

Por outro lado, nunca se sabe quando o jogador será surpreendido por hordas de frenéticos ou topará com armadilhas dos rippers (que são uma gangue de maníacos) ou de bandos de sobreviventes que tentam boicotar os acampamentos. Nessas horas, o game ganha um clima de tensão mais eletrizante e demanda uma postura mais tática para conseguir se livrar dos zumbis.

A forma mais rápida e segura de perambular pelo cenário é montado em uma moto. A motoca precisa ser reabastecida e o jogador precisa procurar por gasolina. Aliás, é preciso procurar por tudo: munição, ataduras e até garrafas para fabricar coquetéis molotov. Exatamente como manda o manual de sobrevivência do apocalipse.

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