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Quinta-Feira,28 de Novembro

Festival resgata a cultura negra

Jornal O Norte
07/05/2008 às 14:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:32

Paula Machado


Repórter

Com o objetivo de construir um projeto político, promover a reflexão dos cento e vinte anos de libertação dos escravos brasileiros, o Fecan – Festival de Cultura e Arte Negra, nesta terceira edição busca um resgate dos quilombos brasileiros com o tema “O despertar da consciência – do cafundó aos palmares”.

O evento acontecerá de 10 a 18 de maio. O dia 13 de maio é visto como símbolo de luta contra o racismo.

O Fecan é organizado pelo movimento social negro do Norte do Estado e Vale do Jequitinhonha. Além de promover mais cultura para os negros e negras da região, o projeto conta também com o primeiro congresso dos negros e negras do Norte de Minas e Jequitinhonha.

- O governo federal através da Seppir – secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial elabora as políticas para serem aplicadas nas comunidades tradicionais. São os quilombolas e os de religiões de matriz africana. Aplicadas na área da saúde, educação, em questões agrárias e na infra-estrutura. Muitos governantes não sabem que existe uma secretaria para cuidar dessas questões. E não é só relacionada aos negros, como também aos índios, ciganos, judeus, palestinos e afro-descendentes. Construir a identidade do negro através de políticas alternativas. Acabar com os estereótipos já pré-definidos - relata Hilário Bispo, coordenador e organizador do evento.

O evento possui uma ampla programação; oficinas de dança afro, break, percussão, graffite, artes plásticas e penteado. Além dos concursos de break e beleza negra.

Com o intuito de levar às escolas das redes públicas, municipais e particulares o estudo da cultura africana nas disciplinas de história e artes no ensino médio e fundamental através da lei 10.639 criada em nove de janeiro de 2003. O projeto conta com a colaboração da coordenadora nacional do FIPIR - Fórum Inter-governamental de Políticas de Igualdade Racial, Maria do Carmo Ferreira da Silva.

Seu público alvo são os adolescentes, crianças, jovens, professores, estudantes e pesquisadores, mas com o foco principal nas crianças.

Espera-se atingir 70% da população do Norte de Minas. A exposição dos trabalhos será do dia 12 ao 18 de maio, no centro cultural Doutor Hermes de Paula, das 08h às 22 horas.

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