Equilíbrio com arte: trabalho de Cecília Schmidt transforma, educa, cria, ilumina, cura e alegra

Adriana Queiroz
Repórter
27/03/2020 às 02:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:06
 (Divulgação)

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É primordial nesse período de isolamento social ter uma rotina que possa equilibrar o dia. A professora e artista plástica Maria Cecília Caldeira Schmidt procura estar atenta às notícias, aproveitando para atualizar seus conhecimentos. Organiza a casa junto com a família, dedica tempo às plantas que têm um grande potencial terapêutico, ao ateliê e às obrigações de planejamento das aulas de arte, além de se dedicar às suas criações.

Desde a infância, Cecília demonstrou uma paixão por animais, em específico insetos e répteis. “Tinha como sonho ser bióloga e fotógrafa da revista National Geographic. Ao expor esse tema em meus trabalhos, tenho como proposta mostrar que, apesar de rejeitados e temidos, são de grande importância para o equilíbrio da natureza”, conta.

A arte é fundamental no processo de humanização e o fato de poder ajudar pessoas com diferentes problemas ou síndromes é inspirador para Cecília, que trabalha com crianças com autismo, déficit de atenção, socialização, adolescentes ou até mesmo idosos com depressão. A professora é voluntária em diversos projetos sociais e atualmente atua no Projeto de Extensão Cultural/Sensibilizarte, na Unimontes, vinculado à International Federation of Medical Students Associations of Brazil (IFMSA).

Conte um pouco de seu trabalho com autistas:
Durante esses 24 anos como professora pude comprovar que a arte é uma grande aliada no desenvolvimento de crianças com dificuldades intelectuais. Ao trabalhar com diferentes linguagens artísticas, com oficinas em diversas instituições, tive uma grande procura por aulas individualizadas, principalmente para crianças autistas. Preocupada em aprofundar nessa linha de trabalho, estou buscando aperfeiçoamento em Arteterapia.

De onde vêm as inspirações para suas obras?
Fui criada pela minha avó e sempre recebi estímulos em relação à arte. Minha avó Maria Lara Schmidt era meticulosa em tudo que fazia e repassava esse cuidado em tudo que ensinava. Ela sempre dizia que uma mulher precisava desenvolver diferentes habilidades, com isso, aprendi a costurar, cozinhar, bordar, tricotar... Fazíamos telas com técnicas de tapeçaria. Com 13 anos me matriculou na Casa do Artesão em Montes Claros, onde confeccionei e vendi minhas primeiras obras. Meu processo criativo se dá naturalmente. Quando menos espero, surge alguma ideia nova que se intensifica até sua concretização.

Como você vê sua arte?
Vejo como primordial na minha formação como pessoa, como profissional, que retrata minha identidade, o que move a minha visão de mundo. A arte me acompanha em toda minha trajetória e foi muito importante na minha vida. A pessoa que tem contato com a arte se torna uma pessoa diferente na perspectiva de vida, na visão de mundo, aguça sua sensibilidade. Literalmente, a arte me deu tudo que tenho e, com ela, pretendo também ajudar as pessoas. Vejo que ela tem esse poder de transformação. Acredito que cada pessoa tem o seu lado artístico.


 

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