Entrevista com Simone Sá: força e disciplina feminina em tempos de quarentena

Advogadas que atuam com Simone Sá mantêm foco nos clientes

Adriana Queiroz
O Norte
02/04/2020 às 23:54.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:10
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Elas atuam em ações e consultorias jurídicas, elaboram pareceres, fazem diligências forenses, participam de audiências e ainda arrumam tempo para cuidar de si, mesmo em tempos de isolamento social.

Por conta dessa quarentena, a rotina do escritório de advocacia de Simone Sá foi extremamente alterada. A equipe dela é formada por Emanuella Marques, assistente social, mestranda em Direito Ambiental, bacharel em Direito e que lida com gestão de pessoas e negócios; Maria Cristina, advogada, pós-graduada em Direito Público; Viviane Borges, advogada que atua em todas as atividades do escritório e pós-graduanda em Direito do Trabalho.

Com exceção do marido, que é engenheiro civil e a assessora em perícias técnicas, Simone tem um “time” só de mulheres. 

“Temos um grupo de WhatsApp e nos comunicamos por ligações telefônicas e e-mails também. Identifiquei os talentos naturais de cada integrante da minha equipe e passo as demandas e atividades partindo desse pressuposto. Definimos um horário em comum, em que nos encontramos obrigatoriamente disponíveis on-line, e depois desse horário todas estão livres para trabalhar nos horários que lhes forem mais convenientes.

Simone tem 42 anos, é casada e tem duas filhas. Nasceu em Espinosa, no Norte de Minas, e mora em Montes Claros há 25 anos, desde que veio estudar na cidade. Acabou virando montes-clarense. “Por afetividade e história de vida, diz. 
 
O que mudou em sua rotina em tempos de pandemia da Covid-19?
Tinha uma vida bem agitada, que é própria da advocacia, como idas a fóruns, viagens, reuniões, atendimentos dos clientes, congressos e cursos. No entanto, ao ser surpreendida por essa situação de força maior, foi necessário assumir com fé e motivação mais disciplina para manter o trabalho em home office e atividades particulares. Há uma academia em meu prédio, o que facilita a manutenção dos meus exercícios. Estou ficando em minha casa, curtindo meu quarto e minha cachorrinha, tendo o prazer de estar com minhas filhas e meu adorável esposo, pois posso beijá-los e abraçá-los a todo momento – afinal, estamos todos confinados, e muitas vezes isso só ocorria nos fins de semana. Tenho meus horários delimitados para trabalho e estudo. E ainda sobra tempo para assistir alguns filmes.
 
Como fica o contato com os clientes? Por e-mail, videoconferência, WhatsApp?
O escritório já tinha uma certa familiaridade com os atendimentos remotos, pois temos clientes de diversos estados brasileiros e diversas cidades mineiras. No entanto, essa prática de trabalho foi amplamente intensificada agora. Fazemos questão de que nossos clientes permaneçam cientes de que não paramos; que embora estejamos em casa, não esquecemos os processos nem tampouco os problemas deles. Estamos enviando mensagens pelo WhatsApp, fazendo ligações telefônicas e utilizando o Instagram e Youtube. Usamos aplicativos diversos para facilitar nosso trabalho, como, por exemplo, um de assinatura pelo celular. Tudo para que possamos minimizar os impactos nas nossas relações contratuais. Isso se estende nas negociações com advogados da parte contrária e clientes novos. 
 
Você fez um vídeo sobre suas atividades que repercutiu muito. Nos conte como foi.
Já era uma vontade da minha equipe lançar vídeos de todas as áreas em que atuamos na advocacia, de nossas experiências com a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade do Direito, mas não tínhamos tempo suficiente para fazê-los. Estou aproveitando a quarentena para executar ideias antigas e escrever minha dissertação de mestrado também. 
 
Deixe um recado para as mulheres que como você estão trabalhando em home office.
Não está sendo fácil para ninguém. No entanto, é o momento de termos fé nos desígnios de Deus, de mantermos nossa mente sã, nosso corpo saudável e nos reinventarmos, pois devemos estar fortes para o “depois da pandemia”. Gosto muito de uma frase de Charles Darwin e finalizo com ela: “ Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Para outras informações, @simonesaadvogada.


 

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