O cineasta montes-clarense Carlos Alberto Prates Correia - um dos 150 montes-clarenses mais ilustres da história, segundo leitores de O Norte - acaba de ser premiado com o filme-documentário Castelar e Nelson Dantas no país dos generais, que foi o grande vencedor do 35º Festival de cinema de Gramado. Carlos Alberto Prates Correia é também diretor de filmes geniais como Perdida, Noites do Sertão, Minas Texas e Cabaré Mineiro, entre outros.
O diretor Carlos Alberto Prates Correia em 1970, nas filmagens de Crioulo doido, seu primeiro longa: nascido em Montes Claros, pioneiro e autor no cenário cinematográfico mineiro e brasileiro
Realizando cinco longas-metragens em 20 anos, de Crioulo Doido em 1970 a Minas Texas em 1990, o mineiro Carlos Alberto Prates Correia deixou marca indelével na história do cinema brasileiro.
Ao realizar Perdida (1975), o diretor consolida o traço característico da sua filmografia: Montes Claros e cidades vizinhas passam a constituir o centro do seu universo ficcional. Mesmo vivendo no Rio de Janeiro, Carlos Alberto sempre retornará à cidade natal para filmar suas obras seguintes. Com Cabaré Mineiro (1980) - título de um poema de Carlos Drummond de Andrade, cantado no filme -, Carlos Alberto Prates Correia radicaliza suas experimentações formais. Abandona a narrativa tradicional dos filmes anteriores, fragmentando o tempo em que um homem, aventureiro e jogador, visita uma série de cabarés no interior mineiro. O filme causou sensação no Festival de Gramado de 1980, recebendo os kikitos de melhor filme e direção.