Márcia Braga
Colabora para O NORTE
O Cinema Comentado Cineclube encerra neste sábado, dia 26 de janeiro, a Mostra Quentin Tarantino. Serão exibidos em sequência, os filmes “KILL BILL” e logo em seguida “Kill Bill II”. O Cinema Comentado acontece na sala Geraldo Freire ao lado da Câmara Municipal, a partir das 19h e a entrada é gratuita.
Após uma surpreendente estréia como diretor do filme “Cães de Aluguel”, e após o marco na história do cinema que fez com “Pulp Fiction: Tempo de Violência”, um dos diretores mais importantes do cinema, Quentin
Tarantino, apresenta uma importantíssima obra, que mais uma vez dispensa todos os padrões convencionais do cinema. Ele ofusca diversos diretores de Hollywood, por sempre fazer obras alternativas, e fugindo ao “cinema enlatado” de Hollywood. “Kill Bill” é um dos mais amplos, valiosos e significativos trabalhos da filmografia de peso que Tarantino carrega consigo.
Sempre ignorando o convencional, Quentin Tarantino nos oferece um entretenimento alternativo que descarta o “cinema enlatado” de Hollywood e tenta nos passar ao máximo, a essência de toda a idéia e intenção do projeto.
Não são poupadas imagens sanguinárias e o divertidíssimo humor-negro que Tarantino implanta em seus filmes, assim como falas marcantes, lutas sensacionais, belíssimos cenários e a fusão de diversas culturas e ícones num só lugar.
Pode ser até curioso, porém, a origem de “Kill Bill” é em partes geográfica. Tarantino passou sua juventude em South Bay (onde no seu filme anterior “Jackie Brown” mostra alguns encantos da região), e lá, havia “Grind Houses” (curiosamente, o nome do seu próximo longa com Robert Rodriguez), que eram cinemas decadentes que exibiam filmes que retratavam o cotidiano dos negros que viviam em guetos nas grandes cidades dos E.U.A, e filmes de Kung Fu.
O diretor comenta também que admirava as séries “ Kung Fu” que contava com David Carradine (o grande vilão desse filme) e “Shadow Warriors” com Sony Chiba, que também representa em Kill Bill o lendário Hattori Hanzo. A influência asiática também é fortíssima, pois diversos personagens que compunham outras obras japonesas, como “O monge das sobrancelhas brancas, ou simplesmente “Pai Mei” (que aparece no volume 2) e também todos os demais citados como Hatorri Hanzo. Esses foram importantíssimos fatores para a posterior criação de Kill Bill.
A história fala sobre “A Noiva”, que após ser violentada e quase morta pelo seu ex-chefe/ex-amante Bill (David Carradine) juntamente com seus ex-colegas de trabalho, entra em um coma profundo de quatro anos e acorda sedenta de vingança por inclusive ter supostamente perdido o filho que estava esperando.