(Leo Queiroz)
Eles levam a arte para o dia a dia das pessoas, criam beleza e conceitos por meio de diversas técnicas e conquistam o público pela beleza e funcionalidade dos produtos. Neste 19 de março é celebrado o Dia Mundial do Artesão. E eles estão em todos os lugares: nas praças da cidade, nos mercados, bazares, feiras e ateliês, sempre dedicados e apaixonados pelo que fazem.
Em Montes Claros, na cerâmica popular temos a Cida, a Roxa e o Ailton, da Casa do Artesão. Em um nível mais expressivo, o Walmir Alexandre com as mulheres de barro. E paralelo à sua arte da escultura, a artista Felicidade Patrocínio também pratica uma vertente que se encaixa na classificação do artesanato que é a modelagem e vitrificação da cerâmica.
Na madeira o destaque é para alguns bons santeiros. Seu Tibúrcio, com suas figuras humanas peculiares e as frutas regionais que tocam a perfeição. E nomes para compor esta lista não faltam.
Para Felicidade Patrocínio, a primeira função do artesanato seria a de propiciar ao homem o exercício da sua humanidade. “Da colaboração e correspondência de suas potencialidades distintas: razão e mão com seus modos distintos de operar, juntando a elas o desejo de beleza, surge o artesanato, o fazer manual, onde o artesão registra e faz circular as manifestações da sua identidade cultural”.
A partir daí, segundo Felicidade, acrescentam-se outras funções aos artesãos, cujos trabalhos podem servir estritamente à necessidade e funcionalidade utilitária do seu cotidiano, ou tão somente atender e satisfazer as suas necessidades estéticas. “E isto começou ainda nas cavernas”, conta.
Em seu ateliê/galeria, localizado na rua São José, 293-A, bairro Santo Expedito, a artista tem recebido muitos artesãos. “Recebo sim, e sempre com muita satisfação. Há pouco tempo, atendendo solicitação da Codevasf, ministrei uma oficina de aperfeiçoamento do artesanato da cerâmica para os remanescentes de quilombolas de Buriti do Meio. Tempos atrás ministrei também oficina com os artesãos do barro na Casa dos Artesãos. Escolas nos visitam com os alunos para oficinas e um primeiro contato com as artes e o artesanato”, afirma.
Para quem ainda não conhece o ateliê e gostaria de expor algum trabalho, a artista faz um convite. “No ateliê temos à venda um acervo de fabricação própria do artesanato de cerâmica. Temos também obras de arte como pinturas na tela, painéis de cerâmica para paredes e esculturas de pequeno e grande porte. No mesmo local, oferecemos aulas de artes e artesanatos em geral e continuamos com as inscrições que já foram iniciadas”, explica Felicidade.
O espaço, segundo ela, é planejado para oferecer estas atividades com muito conforto e bem-estar.