Samuel Fagundes
Repórter
Volta a ser apresentada em Montes Claros, a peça A Rifa da Égua Morta com o texto, direção e produção de Aldo Pereira. As apresentações acontecem no Centro Cultural Hermes de Paula nos dias 24, 25 e 26 de outubro às 19h, 20h e 21h.
(foto: DIVULGAÇÃO)
A Rifa da Égua Morta é uma produção do grupo Oficinato, e recentemente ganhou o prêmio de melhor figurino e também de ator revelação, Ademar Reys com o personagem Firmino, na 7ª Mostra de Teatro de Montes Claros. A peça estreou em maio deste ano e teve uma ótima aceitação do público, que segundo o seu diretor Aldo Pereira, lotou todas as apresentações.
- Nós estreamos em maio, com intenção de fazer apenas três apresentações, mas a demanda do público foi tão grande que tivemos de fazer nove sessões em apenas três dias, sendo três sessões por noite. Depois veio a Mostra de Teatro, que também teve um público muito bom, ganhamos dois prêmios. Agora estamos voltando com mais nove sessões para que quem não viu a peça possa assistir – diz Aldo.
PEÇA
Aldo conta que sempre dirigiu espetáculos de outros autores de varias regiões do Brasil, mas que tinha o desejo de escrever. Primeiro veio a peça A mala mágica para testar o público, como a reação foi muito positiva, e com o incentivo do pessoal ele escreveu A rifa da égua morta.
A peça conta a história de três caipiras metidos a espertos, que vivem aplicando golpes em pessoas do interior do sertão, e inclusive entre eles. Em uma dessas trapaças que eles aplicam, em um deles, é que se dá o título da peça. Mas segundo Aldo, para poder entender o nome é necessário assistir a peça até o final.
O ator, diretor e produtor Aldo Pereira completa em 2008 20 anos dando aulas de teatro em Montes Claros
(foto: XU MEDEIROS)
- Eu li duas piadas de cunho popular e achei interessante, eu queria muito escrever sobre personagens matutos, e foi um prato cheio. Eu comecei escrever o texto umas nove horas da noite, terminando somente as quatro da madrugada – revela o autor, produtor e diretor da peça.
MENSAGEM
Ele explica que todo texto tem que ter uma mensagem, e que a mensagem passada será que não devemos nos iludir pela aparência. De acordo com Aldo, na história os dois matutos que tentam enganar o terceiro, achavam que ele era um tolo e na verdade ele é muito mais inteligente que os dois juntos, então essa é a mensagem. Mas a intenção mesmo da peça é a diversão.
- O que pretendemos mesmo é entreter e divertir as pessoas. Por enquanto eu ainda não trabalhei com outros gêneros além da comédia porque eu acho que o público aqui da cidade ainda não absorve bem o drama, a tragédia. Muitas pessoas me criticam quando eu falo que a vida já é um drama, que vivemos mais tristezas que alegrias no dia-a-dia, mas é necessário produzirmos eventos que possam divertir e entreter as pessoas – ressalta Aldo Pereira.
PREPARAÇÃO
Aldo conta que devido ao fato de ensaiarem só uma vez por semana, pois seu grupo é composto por pessoas que trabalham durante o dia e estudam a noite, os espetáculos demoram para ficarem prontos, pois são apenas quatro ensaios por mês.
- A preparação é muito grande, a gente tem que amadurecer o pessoal, que são pessoas que passam pelo meu curso de teatro, que completa 20 anos em 2008. É feito um trabalho de pesquisa de elenco, testamos o pessoal que também tem que ter o perfil do personagem, ensaiamos as marcações de cena, com trilha, o figurino e muitas outras coisas. explica.
EXPECTATIVA
O autor, ator, produtor e diretor revela que o espetáculo A rifa da égua morta está lhe surpreendendo, pois ele nunca havia visto as pessoas gostarem tanto de uma peça do Grupo Oficinato e que inclusive já receberam convites para fazer umas duas ou três temporadas no Centro Cultural para empresas que querem comprar o espetáculo fechado. Ele diz estar muito animado para essa reestréia, mas que apesar do trabalho feito nunca subestima o público.
- Pelo que já aconteceu esperamos muitas pessoas, mas sempre é uma surpresa, nunca podemos dizer que vai lotar, ou que já está garantido o público para tal temporada, só na hora que a gente vai saber. Às vezes estamos com tudo pronto faltando dez, quinze minutos para iniciar a sessão e não tem ninguém, mas faltando cinco minutos já está tudo lotado. A gente espera, e eu estou trabalhando para isso, para que tenhamos uma platéia cheia – afirma Aldo.
SERVIÇO
A censura da peça é livre, os ingressos antecipados custam R$ 10,00 até o dia 20 de outubro e podem ser adquiridos na Loja Filhote, Rua Simeão Ribeiro, 92 (quarteirão do povo), 3221 1436. Na portaria os ingressos custarão R$ 20,00.