A magia da sétima arte

Jornal O Norte
28/12/2006 às 08:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:47

I Festival de Cinema de Montes Claros: oficinas, debates, palestras e exibição de filmes nacionais marcam o início da programação cultural da cidade em 2007



Jerúsia Arruda


Repórter

O próximo mês de janeiro será à luz da telona com o I Festival de Cinema de Montes Claros. Com o tema Os dez anos de retomada do cinema nacional, o festival, que não tem caráter competitivo, é uma homenagem aos 150 anos de emancipação que a cidade completa no dia 3 de julho de 2007.





Com realização da Fundação Cultural Genival Tourinho e secretaria municipal de Cultura a mostra acontece de 10 a 14 de janeiro, trazendo filmes e diretores consagrados nos últimos 10 anos, para exibições, palestras, debates e oficinas.





Reconhecida como a cidade do interior mineiro que mais contribuiu para a construção da identidade do cinema nacional, Montes Claros tem importantes representantes na filmografia brasileira, entre eles, os cineastas Carlos Alberto Prates Correia, Alberto Graça,  Maurício Gomes Leite, a produtora Vânia Catani e o ator, produtor e cineasta Paulo Henrique Souto.





O projeto Cinema Comentado, que acontece há três anos na cidade - e neste ano firmou parceria com a Associação Curta Minas, de Belo Horizonte para a realização do Cine Clube com exibição de curtas metragens-, vem adquirindo novos adeptos apreciadores da telona que comparecem em número cada vez maior às exibições semanais promovidas pelo projeto.





Segundo o jornalista e coordenador do bate-papo sobre os filmes exibidos pelo projeto, Elpídio Rocha, a iniciativa proporciona ao grande público o acesso a filmes que normalmente não fazem parte do circuito comercial.





Durante o Festival serão exibidos os filmes Vida de Menina/2004 (Helena Solberg); O Padre e a Moça/1965 (Joaquim Pedro de Andrade); Cinema, Aspirinas e Urubus/2005 (Marcelo Gomes); Narradores de Javé /2003 (Eliane Caffé); Amarelo Manga/2003 (Claúdio Assis) e Dia da Caça/1999 (Alberto Graça).

OFICINAS





Com objetivo de proporcionar maior conhecimento técnico da produção e linguagem audiovisual, serão realizadas quatro oficinas com os temas: Produção de Vídeo Digital, ministrada por Daniel e Diego Lisboa; Roteiro, por Andréa Martins; Direção, pela Associação Curta Minas-ABD/MG e Documentário, por Geraldo Sarno. As oficinas acontecem nos dias 13 e 14, sábado e domingo, 8h30 às 11h30 e de 14h30 às 17h30. O número de vagas será limitado a 25 por tema e as inscrições podem ser feitas no centro cultural Hermes de Paula.

FÓRUM





Nos dias 11 e 12 também acontece o I Fórum de Educação e Cinema, promovendo um debate sobre a história e evolução do cinema, buscando soluções para sua melhor utilização como instrumento na difusão do conhecimento nas escolas e faculdades da região. Serão abordados os temas Evolução estética e histórica do cinema; Linguagem do cinema brasileiro; Como usar o cinema em sala de aula e Uso pedagógico do cinema. Os debates e palestras acontecem no auditório Cândido Canela do centro cultural.

INSCRIÇÕES





O I Festival de Cinema de Montes Claros acontece de 10 a 14 de janeiro de 2007 e toda a programação, incluindo oficinas, palestras, shows e exibição de filmes, é gratuita.


As inscrições para oficinas e fórum podem ser feitas no centro cultural Hermes de Paula, na Praça da Matriz, número 32.






Alberto Graça começou sua atividade em cinema em Minas Gerais como diretor de curtas-metragens. Em 1981, produziu e dirigiu seu primeiro longa, Memórias do Medo, selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Seu segundo longa, O Dia da Caça (2000), filmado na Amazônia e em Brasília, conquistou três prêmios no 4º Festival de Filmes Brasileiros de Miami e fez parte da seleção oficial de vários festivais nacionais e internacionais, tendo recebido diversos prêmios.

Nascido em Montes Claros, Minas Gerais, em 1948, foi produtor executivo de filmes como Ópera do malandro (1985) e A queda (1976), ambos de Ruy Guerra, Se segura, malandro (1977), de Hugo Carvana, Getúlio Vargas (1974), de Ana Carolina, Um homem célebre (1973), de Miguel Faria Jr., e O crioulo doido (1970), de Carlos Alberto Prattes Correia. Co-produziu com a Kings Road Entertainment (EUA) o longa-metragem The art of the war (1992) e participou da produção de Le Jaguar (1995), de Francis Veber. Além de roteirista e consultor em diversos projetos audiovisuais, foi responsável pela importação e distribuição de filmes na década de 70, como Dersu Uzala, de Akira Kurosawa, e Terra prometida, de Andrzej Wajda. Dirigiu os curtas Momento (1964), Momento de violência (1967) e Belo horizonte (1971).

É sócio da produtora MPC & Associados desde sua fundação em 1982. Idealizou e realizou o projeto Cinema em Movimento, que exibe cinema nacional gratuitamente nas universidades e praças públicas e entre 2000 e 2005 exibiu 35 títulos em 1599 comunidades de 535 municípios, atingindo mais de um milhão de espectadores em território nacional. Em 2002 fundou o ICEM - Instituto Cultura em Movimento, uma ONG para a distribuição de bens culturais pelo país. Atualmente, desenvolve dois projetos de longa-metragem: Fronteiras do paraíso e Entre a dor e o nada, este com filmagens em Brasil, Portugal e Espanha.

O filme O Dia da Caça, dirigido pelo cineasta montes-clarense será uma das atrações do I Festival de Cinema de Montes Claros.

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