Jerúsia Arruda
Repórter
Depois de quase três anos de trabalho diário e ininterrupto, fizemos uma breve pausa. Pausa para renovar o espírito e as idéias; para restaurar as forças do corpo e abrir as comportas da mente para o novo que se desponta a cada dia, exigindo de nós, porta-vozes da notícia, novas leituras e justas interpretações.
Na primeira crônica a preencher este retângulo de jornal depois de um mês de férias, antes de publicar qualquer notícia, não poderíamos deixar de dizer que nenhum sentido teria este espaço, se não fossem os intérpretes da arte e personagens da cultura, objetivo maior desta editoria. Sem eles, só restaria papel em branco ou mera publicação de releases, comuns ao cotidiano jornalístico, que pouco ou quase nada acrescentam à formação do pensamento crítico, mesmo a despeito de ser papel da imprensa a notícia factual e oportuna.
A arte e a cultura proliferam em todos os meios. Seja nas universidades e espaços acadêmicos, ou nas pequenas demonstrações em espaços públicos; seja nos teatros, salas de cinema, escolas de dança, auditórios, conservatórios, ou nos pátios das escolas públicas de pequenas comunidades rurais. Não importa onde se manifestem, durante esses anos, têm sido matéria-prima para transformar esse espaço em palco onde desfilam músicos, atores, atrizes, bailarinos, pintores, escultores, pintores, escritores e congêneres, recontando, através de sua arte, a história cultural de um povo e de uma região cuja principal característica é a capacidade criativa.
Ao iniciar esse novo ano de trabalho, nada mais justo do que registrar agradecimentos aos que cantam, tocam, compõem, regem, que fazem arranjos e transcrições, que cuidam da fonografia. Aos que dançam, representam, pintam, escrevem, contam e recontam, produzem, divulgam, e fazem da arte uma forma de elevar o espírito, de eternizar a vida e construir a civilização.
É difícil nomeá-los, senão impossível. Que essa homenagem possa alcançar a todos os heróicos artistas, anônimos e reconhecidos, e aos seus produtores, promotores e assessores, que contribuem para que sua arte possa alcançar novos públicos e novos espaços. Também às instituições públicas, fundações, empresas e iniciativas individuais, que abrem espaço e apóiam os artistas e seus projetos, contribuindo para a descentralização e fortalecimento da produção cultural da região, nossa homenagem.
A todos que produzem ou contribuem para que a arte norte-mineira aconteça, prolifere e se sedimente nosso apreço e agradecimento. É graças a vocês e para vocês que este espaço existe.