Jerúsia Arruda
Repórter
Brasil é mesmo uma fonte de informação e inspiração inesgotável, mas, ao mesmo tempo, que não se renova. Isso porque, mesmo com tantos fatos e acontecimentos marcantes e inéditos, muito do que se foi dito há anos, parece ter acontecido hoje mesmo.
Lançado pela Autêntica Editora, o livro traz poemas inéditos,
produzidos pelo autor ao longo da última década, e releituras
de alguns poemas da primeira edição
Uma pequena amostra disso é o livro Pátria que pariu! & outros poemas, do poeta e jornalista José Edward, cuja primeira edição lançada em 1989, quando Edward era estudante do curso de jornalismo da PUC Minas e militante de movimentos culturais e estudantis, ganha uma segunda edição, e os poemas alusivos aos (maus) costumes políticos, à crise ética e política vigente no país nos parece tão atual quanto na época em que foi lançada a primeira edição.
Lançado pela Autêntica Editora em co-produção com o Selo Literário Hipotrélico, o livro é, na verdade, uma seleção de 28 poemas produzidos pelo autor, impressos em lâminas de papel reciclado soltos em uma caixa.
JOSÉ EDWARD
Mineiro de Brasília de Minas, José Edward Lima, 42, reside há 20 anos em Belo Horizonte e trabalha há dez como chefe de sucursal/correspondente da Revista VEJA em Minas Gerais. Iniciou sua carreira jornalística ainda em Brasília de Minas, como redator e editor dos jornais Brasília de Minas, O Madrigal e Tribuna do Vale. Também foi correspondente do Diário de Montes Claros na cidade, e ajudou a fundar e também presidiu o Cecon - Centro de Extensão Cultural Contendas, que marcou época ao promover diversos eventos culturais, como feiras de artes plásticas, festivais de música, cursos de teatro e concursos literários.
Antes de ingressar na VEJA, Edward foi assessor de imprensa nos sindicatos dos Médicos e dos Bancários de Belo Horizonte, teve uma rápida passagem pelo jornal Estado de Minas (editorias de política, internacional e opinião) e, por alguns anos, atuou como produtor cultural. Nesta área, destacou-se na produção de discos dos artistas Zé Côco do Riachão (Vôo das Garças, 1987), Markú Ribas (Autóctone, 1991) e Fernando Ângelo (1995). É autor também do songbook Artesão de Sons – Vida e Obra do Mestre Zé Côco do Riachão, lançado em 1988.
PÁTRIA QUE PARIU!
A (re)edição de Pátria que pariu!, traz poemas inéditos produzidos pelo autor ao longo da última década, quando se dedicou quase que exclusivamente ao jornalismo, e releituras de alguns poemas da primeira versão, segundo o autor, lapidados no conteúdo e na linguagem.
- Para mim, a poesia é como um diamante bruto, cujo burilamento faz-se eternamente mister, em busca do verso perfeito – explica.
Edward diz que seus poemas geralmente abordam, de forma cáustica e direta, as mazelas, as excrescências e as corruptelas de uma nação que, entra governo sai governo, está sempre no porvir.
- Mesmo aqueles versos compostos há duas décadas – e isso foi o que me motivou a revisitar essa obra – parecem ter saído do forno em meio à atual farra patrocinada pela horda de políticos corruptos, insensíveis e incompetentes que trucidaram toda e qualquer esperança de que dias melhores virão – completa.
Em meio aos poemas que fazem alusão à crise ética e à política no Brasil, como Gatunagem, Lei da Selva, Por quanto se vende um país?, Habeas Corpus e o poema-título Pátria que pariu!, há também os que abordam outros temas, como 100 anos sem solidão (numa alusão à obra do escritor Gabriel Garcia Marquez, 100 anos de solidão), em homenagem ao centenário do arquiteto Oscar Niemeyer; Internetudo, entre outros.
Com republicação do prefácio do escritor e jornalista Fausto Wolff, e uma bela caixa em vez do livro no formato tradicional, a (re)edição de Pátria que pariu!, pode ser adquirido pela Internet, através do site: www.autenticaeditora.com.br, ou pelo televendas: 0800 283 1322.