Durante quatro dias, a tradicional festa movimentou Montes Claros, com uma programação que envolveu toda a comunidade
Jerúsia Arruda
Repórter
A chuva que caiu durante todo o fim de semana em Montes Claros deixou a 18ª Festa Nacional do Pequi ainda mais interessante. Isso porque a festa, muito além do entretenimento, tem como objetivo buscar alternativas para melhor aproveitar os recursos naturais do cerrado e, é claro, preservá-los. E a chuva é a melhor forma de se consolidar essas alternativas, naturalmente. Para os participantes do Encontro de Educadores com o Cerrado, da expedição Caminhos dos Gerais e do Encontro Regional dos Povos do Cerrado foi como uma compensação, um presente da natureza, renovando a proposta de se investir, de se trabalhar firme para melhor aproveitar o rico bioma que cobre 20% da superfície do país e que encerra em si a identidade cultural do povo catrumano.
E foi com o som percussivo da chuva como acompanhamento, que dezenas de cantores, violeiros e cantadores se apresentaram durante todo o dia de sábado, no Mercado Municipal, sob a batuta do presidente da Asanorte, Josecé Santos.
Por lá passaram Zé Paiva e Paulino, Luiz Pernambuco e Banda, Folia de Reis Mirim – Os Peixotinhos, Bruno e Fabiana, Jean Karlo e Stradeiro, Eduardinho da Sanfona e Banda, João Pedro e Carlos Ney, Cuca Moon e o Grupo Os Chorões, Cláudio Mineiro e Grupo de Percussão, Ray Edson, Chiquinho da Viola e grupo, Nino Rei e Silvanito, Maurinho e Violão, Marcílio Maia e Banda, Tião Canhoto e Pedro Moreno, Maxado da Viola e Rafaelzinho.
À noite, ainda sob chuvas repentinas, o 3º Festival Nacional de Música de Montes Claros reuniu torcidas e amantes da grande arte para assistir às trinta canções concorrentes.
Prato vencedor do concurso Arroz com Pequi
(fotos: FABIO MARÇAL)
Com muito arroz com pequi, coquetel de frutas e um gramado pra lá de enlameado, as noites da festa na Praça de Esportes terminaram com shows colocados, na sexta-feira, da cantora patrícia Ahmaral, no sábado, do cantor Paulinho Pedra Azul, e no domingo, da cantora Marina Machado.
Na manhã de domingo, o Mercado Municipal voltou a ser palco para os muitos artistas, de todos os estilos e de todas as tribos, que soltaram a voz até às duas da tarde. Enquanto isso, o concurso Arroz com Pequi atraía a atenção de todos pelo cheiro e visual dos pratos exibidos no espaço do antigo restaurante do Mercado.
Durante quatro dias, de 28 de fevereiro a 02 de março, a 18ª Festa Nacional do Pequi, que acontece em Montes Claros há vinte anos, reafirmou seu lugar no calendário, como uma das mais importantes promoções culturais da cidade.
3º FESTIVAL DE MÚSICA
Na edição desse ano, o festival voltou a se reafirmar como nacional, contando com a participação de concorrentes de várias cidades do país.
Entre os doze finalistas, seis eram de Montes Claros, um de Janaúba/MG, um de Americana/SP, um de Contagem/MG, um de Poços de Caldas/MG, um de Colatina/ES e um de Salinas/MG.
O 3º Festival de Música atraiu cantores de todo país
Numa disputa acirrada e de alto nível musical, os vencedores foram: 1º lugar, José Alexandre Rocha, de Poços de Caldas, com a música Aboio de Gratidão; 2º lugar, Demétrio Coimbra, de Montes Claros, com a música Canção e Amor, e 3º lugar, Helder Cunha, de Montes Claros, com a música O que ficou. O prêmio de Melhor Intérprete foi para Janaína de Cássia, de Americana, com a música Folia pra Reis, e o de Melhor Arranjo, para Raphael Augusto Milo, com a música Buscapé.
Os prêmios foram de R$3.000, para o 1º lugar; $ 2.000 para o 2º lugar e R$1.000 para o 3º lugar. Melhor e Melhor Intérprete receberam R$750, cada.
Serão premiadas as músicas classificadas em 1° lugar (tema livre:); 2° lugar (tema livre:) Tema 150 anos de Montes Claros.