O documentário Beethoven do Sertão, que conta a história do músico Zé Côco do Riachão, ganhou novo fôlego com o patrocínio do Banco do Nordeste (BNB), via Lei Rouanet. O apoio consolida o BNB como parceiro estratégico da cultura regional e impulsiona uma produção que atravessa quase três décadas.
A diretora Andrea Martins iniciou o projeto há quase 30 anos, quando Zé Côco ainda estava vivo. O registro começou a ser construído com o artista, mas a produção ficou paralisada por longos períodos por falta de recursos. Só em 2023 o projeto voltou a andar, graças a um aporte do edital Sismic, da Prefeitura de Montes Claros, que permitiu reorganizar a equipe e retomar parte das filmagens. A produção também contou com uma campanha de financiamento coletivo e um show beneficente, que ajudaram a viabilizar algumas ações essenciais.
Com o patrocínio do BNB, o documentário avança novamente. Para o superintendente do banco em Minas Gerais, Wesley Maciel, apoiar o filme é uma forma de promover desenvolvimento regional também pela cultura. Ele destaca que o legado de Zé Côco é parte da identidade do Norte de Minas e que incentivar o projeto é reconhecer sua influência na música popular, na rabeca e na formação de outros artistas. Segundo ele, a Lei Rouanet permite que o banco amplie sua atuação transformadora.
Andrea reforça que o apoio do BNB significa mais que aporte financeiro, “é um gesto de confiança no valor cultural do filme e no impacto que ele pode gerar”. Mesmo com o patrocínio, ainda faltam recursos para concluir a obra, que tem previsão de lançamento para agosto de 2026. A diretora afirma que a equipe segue trabalhando com entusiasmo e que o incentivo recebido fortaleceu a convicção de entregar um filme competitivo e à altura do artista que ele retrata.
“Eu e minha equipe estamos felizes e gratos, e ainda mais empenhados em fazer um filme bonito e competitivo, que possa ser orgulho da nossa gente e do nosso primeiro patrocinador; e de outros que certamente teremos”, ressalta Andrea. A produção conta com o apoio da Elefantte e da Pro Art Produtora Audiovisual, além da Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros, por meio da secretária Júnia Rebello, esta, a responsável por apresentar o projeto à Superintendência do BNB. Esses apoios demonstram a união de esforços para preservar a memória cultural do território.
O filme terá a participação do ator Jackson Antunes, admirador declarado de Zé Côco. Ele deu depoimento para o documentário e também assumiu a narração, contribuindo para a costura narrativa da obra. “Com o apoio recebido do BNB já estamos retomando a produção, confiantes de que em breve teremos todos os recursos necessários para a finalização do filme”, finaliza Andrea.
SOBRE A LEI ROUANET
A Lei Rouanet é o principal mecanismo federal de incentivo à cultura no Brasil. Ela permite que empresas e pessoas físicas destinem parte do imposto de renda devido para financiar projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura. Em vez de enviar esse valor integralmente à Receita Federal, o patrocinador redireciona um percentual para iniciativas como filmes, peças, exposições, festivais, restaurações e ações educativas.
Para as empresas, o processo é simples: ao escolher um projeto já autorizado pela lei, elas formalizam o patrocínio e, posteriormente, descontam o valor no imposto dentro dos limites previstos. Além de fortalecer a cultura, a empresa associa sua marca a iniciativas de impacto social e amplia sua presença em territórios onde deseja atuar.
Mais informações sobre o projeto e como patrocinar podem ser obtidas no instagram @zecocofilme.