O TCU - Tribunal de Consta da União classificou de superficial a operação tapa-buracos realizada pelo governo neste ano, e já aponta trechos em que o trabalho foi perdido, com o reaparecimento de buracos na pista.
O dinheiro aplicado na operação tapa-buracos foi literalmente jogado na sarjeta - disse o ministro do tribunal, Augusto Nardes, ao apontar problemas nas rodovias BR-330 (BA) e BR-020 (GO), cujos contratos custaram aos cofres públicos R$ 2,6 milhões cada trecho.
Depois de fiscalizar 103 trechos de rodovias recuperados na operação emergencial do governo, os técnicos do tribunal encontraram irregularidades em aproximadamente metade dos contratos.
SERVIÇO RUIM
Uma nova fiscalização do tribunal em dez dos 50 trechos com problemas identificou que em quatro deles o revestimento já estava desgastado, foram encontradas fissuras, trincas, buracos, afundamentos nos remendos, entre outros problemas.
De acordo com os técnicos, diante dos problemas encontrados, ou os serviços executados não foram suficientes para corrigir todas as ocorrências existentes no pavimento, ou a qualidade dos serviços foi inadequada de modo que novas ocorrências já puderam ser notadas, decorridos somente alguns meses da conclusão dos serviços.
O TCU pretende discutir o problema das rodovias de forma mais ampla e do ponto de vista do planejamento do setor na próxima semana (28 e 29 de dezembro) em um seminário, com a participação de ministros e do setor produtivo.