entrevista

Semana da Cultura do Celf tem apresentações especiais

Diretor destaca performances musicais em evento institucional

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 06/11/2024 às 19:00.

No ano que o Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez (CELF) comemora 63 anos, acontece a 35ª Semana da Cultura que está sendo realizada desde a última segunda-feira (4). O mês marca o aniversário do patrono da instituição Oscar Lorenzo Fernândez. 

Com programação plural, eclética, de qualidade e aberta ao público, contou com apresentações como o Quarteto de Cordas Lorenzo Fernândez e a Orquestra Sinfônica de Montes Claros que tocou músicas desde o período clássico até temas marcantes do cinema mundial. Outro momento especial foi a apresentação dos alunos do curso de teclado e ainda o concerto de piano e recital de canto que homenageou o compositor Waldemar Henrique.

Quarta-feira (6) teve masterclass de guitarra com Warleyson Almeida e o show “Cordas em Harmonia”, seguido pela celebração dos 40 anos de carreira do professor Jukita Queiroz com “Nos trilhos da música”. Quinta-feira (7) contará com jazz do Pequi Trio e rock com uma banda do Celf e convidados. Sexta-feira (8) será a vez dos alunos de teclado, encerrando com o concerto “Uma noite na ópera” do Grupo Lírico Bezzi.

O NORTE falou com Tony David Oliveira, professor efetivo no curso de violão e diretor do Celf e diretor da instituição.

Qual a importância de uma escola de música chegar a 63 anos no norte de Minas?
Uma escola de música completar 63 anos de atuação no norte de Minas Gerais é um marco significativo. Tentar pontuar e destacar alguns elementos: consolidada tradição musical, são 63 anos de história que demonstram uma trajetória sólida na formação musical da região. O impacto cultural: a escola contribuiu para o desenvolvimento cultural do norte de Minas Gerais, promovendo a música como patrimônio cultural. A formação de gerações: centenas de alunos foram formados, tornando-se músicos, educadores ou apreciadores de música. A Resistência e adaptação: superar desafios econômicos, sociais e políticos ao longo de seis décadas demonstra resiliência. Referência regional: o Celf é uma referência musical na região, atraindo estudantes e professores. E ainda a preservação do patrimônio musical e artístico. A escola ajudou e ajuda a preservar e difundir a música regional, nacional e internacional. O estímulo à criatividade: a música desenvolve habilidades cognitivas, sociais e emocionais, enriquecendo a vida dos estudantes. Outro ponto importante é a integração comunitária: a escola promove eventos, apresentações e projetos que unem a comunidade em torno da arte. O legado educacional: a escola deixa um legado de excelência educacional, inspirando outras instituições. E por fim, a celebração da paixão pela arte: 63 anos de dedicação à música, teatro e artes plásticas são um testemunho da paixão e do compromisso com a arte.

Você, além de diretor, professor, toca violão e guitarra e está preparando um show de rock para a Semana da Cultura.
Sim, sou professor de formação. Tenho uma vivência musical eclética, gosto da música clássica, jazz, rock e amo a música brasileira, em especial a música mineira. Esse ano pensamos em prestigiar o rock dentro da nossa escola. Preparamos um repertório com bandas importantes do cenário mundial. Tocaremos Pink Floyd, Deep Purple, Black Sabbath, Iron Maiden dentre outras. Contaremos com a participação especial de Fabiano Santos, vocalista da banda Nação do Rock, além do professor Marco Neves na bateria, Jardeson Acácio no baixo, Ana Ovídio no teclado, Vera Alencar, Rosane Souto e Fabricio Duarte nos vocais. 

Quais são os planos para o Celf?
Gostaríamos muito de retornar com o projeto conservatório nas escolas, de maneira a oportunizar o ensino de artes para os que não conseguem chegar até o nosso espaço físico. Tenho o sonho de conseguirmos o reconhecimento como patrimônio imaterial na nossa cidade. E de levarmos cada vez mais alegria, sonhos e realizações através da nossa arte. 

Existe alguma memória que seja muito marcante para você como aluno do Celf?
Quando ingressei no conservatório, foi algo mágico, um encantamento. Muita gente tocando e os interesses em comum pela arte, aquilo me transformou, eu era muito tímido na época, ainda sou, (risos), mas o poder da música é algo libertador. Aqui na escola, fiz amigos e encontrei o amor da minha vida (Fernanda), que me deu os maiores frutos: Maria Helena e Ana Catarina. Faça um convite para o público para a Semana da Cultura que segue até o dia 8 de novembro. Convido todos a prestigiarem a nossa escola. Temos uma programação cultural muito rica e ficaremos felizes em recebê-los em nossa escola.

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