Aumento de setenta reais no
salário mínimo proposto
pelas centrais sindicais
seria uma proposta
insustentável
O relator do Orçamento para 2007, senador Valdir Raupp, do PMDB, disse ser impossível atender à reivindicação das centrais sindicais de aumentar o salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420.
Segundo ele, isso quebraria o país, quebraria a Previdência, os estados mais pobres e os municípios, que também têm de fazer a correção do salário. Para o parlamentar, detentor de um bom salário, dar mais dinheiro ao trabalhador seria insustentável. Raupp repetiu a ladainha de que o principal problema no reajuste do mínimo é a sobrecarga que o aumento causa na Previdência Social.
- O déficit previdenciário em 2006 deve ser em torno de R$ 42 bilhões; a previsão para 2007 é que esse valor fique em torno de R$ 46 bilhões. Cada R$ 1 que se aumenta no salário mínimo, significa R$ 180 milhões a mais de despesa para a previdência.
R$ 380
Apesar de dizer que a questão ainda não está fechada, Raupp voltou a afirmar que colocará no relatório final a proposta de aumento para R$ 375, valor superior ao defendido pela equipe econômica do governo, que pede reajuste de R$ 367.
Nesta semana, ele volta a conversar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o do Orçamento, Paulo Bernardo, e talvez com o próprio presidente da República para fechar a questão do salário mínimo. O relator disse que gostaria de ver Lula decidindo por um salário de 380 reais. (Com A.Brasil)
