A polícia civil de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte prendeu na manhã de ontem, naquela cidade, o taxista José Ferreira Bastos, 48, acusado de tentar matar a ex-mulher, Patrícia Pereira Gonçalves, 21, com sete tiros, sendo seis deles disparados contra a cabeça da vítima, durante cumprimento de mandado de prisão expedido pelo juiz da Vara de execuções penais de Montes Claros, Marcos Antônio Ferreira.
Após a prisão, José Ferreira disse à imprensa
que estava arrependido de ter tentado matar a ex-mulher
O pedido de prisão foi feito no início da semana, à justiça, pelo delegado titular da delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Pessoa, Giovani Siervi, que preside as investigações do crime.
PARENTES
Durante as apurações da tentativa de homicídio, detetives de Montes Claros obtiveram informações de que José Ferreira Bastos estaria escondido na casa de parentes, em Betim.
A prisão foi realizada pelo delegado de homicídios de Betim, João Bosco Rodrigues Silva, na Rua Gerânio, 23, Bairro Jardim da Alterosa, onde o acusado estava escondido.
Segundo o delegado João Bosco Rodrigues, após ser comunicado pela polícia civil de Montes Claros de que José Ferreira estaria escondido na cidade, foram realizadas investigações para descobrir os endereços dos parentes do acusado, até que chegaram à casa de um dos seus irmãos, onde foi realizada a prisão.
TRANSFERÊNCIA
O taxista José Ferreira está recolhido na cadeia pública de Betim, e será transferido para o presídio de Montes Claros ainda hoje.
Segundo o delegado Giovani Siervi, titular da delegacia de homicídios da cidade, José Ferreira será indiciado por tentativa de homicídio qualificado e, se condenado, pode pegar de 4 a 20 anos de reclusão.
FICHA CRIMINAL
Além de ser acusado de tentar matar a ex-mulher na última sexta-feira, em Montes Claros, José Ferreira Bastos já responde processo de número 43302046656-4, aberto no dia 12 de abril de 2002, que tramita no Fórum Gonçalves Chaves, onde ele será levado a julgamento popular, conforme consulta feita ao site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A vítima é Mário Vicente da Silva, conhecido como Mário Fofoca.
Testemunhas alegam que José Ferreira teria passado o carro cinco vezes sobre Mário, e ainda de tê-lo atingido com uma chave de fenda. Porém, não sabem se a vítima sobreviveu.
O processo está pronto para ser levado a julgamento desde 12 de agosto de 2004, mas por falta de agenda ainda não foi marcado o júri.
OUTRO CRIME
Outro fato apontado por testemunhas que envolveria José Ferreira como autor, é uma suposta tentativa de homicídio contra uma outra ex-amásia, de 19 anos, conhecida como Valdirene. Porém, na delegacia de homicídio da cidade não existe registros sobre o fato.
Testemunhas informaram que a jovem teria desferido uma facada no próprio pescoço, depois de tomar remédios que a deixavam deprimida. José Ferreira já foi amasiado com três mulheres e segundo testemunhas, todas são mais novas que ele.
Segundo a doméstica, Patrícia, José Ferreira, que trabalhava como taxista levando passageiros para cidades vizinhas a Montes Claros, não aparentava usar drogas e bebia socialmente.