Jornalista, advogada, produtora cultural e presidente Rotary Club de Montes Claros Leste. Felicidade Tupinambá ainda encontra tempo na atribulada agenda para tomar frente da organização da 22ª edição do Baile da Felicidade, evento rotariano que será realizado este mês na cidade.

A renda beneficia obras assistenciais em MOC, especialmente no Asilo São Vicente de Paulo. 

Felicidade está no clube desde a sua fundação, em 1992. Inquieta e corajosa, Feli como é conhecida, revela os bastidores, momentos emocionantes e as novidades do baile que acontece no dia 24, na Chácara Bugarin.  
 
O que mais lhe emocionou nestes 22 anos de Baile da Felicidade e faz dele especial para você? 
O mais emocionante é poder realizá-lo por tanto tempo e com igual sucesso e utilidade. Desconheço uma promoção do gênero com essa longevidade. As obras construídas dando maior conforto e qualidade de vida aos idosos, como foi o caso do Pavilhão Nossa Senhora da Rosa Mística, com 20 apartamentos; sala de fisioterapia equipada; lavanderia automatizada com máquina de lavar com capacidade para 100 quilos de roupa; revitalização da cozinha e outras pequenas obras; a consagração de um grupo de artistas plásticos parceiros do clube nos últimos 22 anos, o apoio da imprensa, a confiança da sociedade montes-clarense que sempre atende nosso convite… tudo isto é muito emocionante e nos dá força para seguir adiante. 
 
Porque desde a criação em 1992, o Rotary Club de Montes Claros Leste fez opção por ajudar os idosos? 
Melhor seria se todas as famílias cuidassem de seus idosos. Entretanto, não é assim que acontece. E os asilos ou, como querem muitos, as casas de longa permanência, se tornaram necessárias. Os Rotary Clubs são autônomos na escolha das metas a serem alcançadas em favor da comunidade e escolhemos cuidar de idosos. Trinta anos depois, ainda vemos o quanto falta de políticas públicas para amparar e dar maior dignidade ao envelhecer. Atualmente, o asilo possui 130 residentes e há uma fila de mais de 200 aguardando vaga para entrar. Uma situação, com certeza preocupante e desumana. 
 
Não é fácil produzir nos dias de hoje um evento desse porte. De onde você tira energia para persistir com o Baile da Felicidade? 
Primeiro que não faço sozinha, o Rotary Club de Montes Claros Leste é formado por profissionais capacitados e de grande prestígio em nossa sociedade, o que facilita demais a produção do evento.  
 
Conte um pouco como é a parceria que o Rotary mantém, ao longo desses 22 anos, com importantes artistas plásticos da cidade.
Desde o inicio assumimos o compromisso com os artistas que aceitaram fazer a doação, de que o grupo seria fechado. Só procuro fora quando há alguma desistência. Esta condição, tanto favorece o leilão como o artista. Durante 22 anos eles estão tendo suas obras divulgadas, mais conhecidas e na mão de bons colecionadores. O leilão do Baile da Felicidade é de aproximadamente 17 telas de artistas que com poucas exceções têm participado de todos leilões até hoje realizados. Uma galeria com as telas é montada logo na entrada do salão de festas, para que os convidados possam apreciá-las e fazerem suas apostas. Há, ainda, o álbum de mesa, com foto das telas e seus autores e que serve de currículo para os artistas: 10% do que é arrecadado vai para a Associação dos Artistas Plásticos de Montes Claros. 
 
As telas podem ser arrematadas em até 10 parcelas sem acréscimos. Isso faz o leilão mais atrativo? 
Com certeza. Não tem outro lugar de se comprar uma obra de arte de valor nas mesmas condições. As telas são previamente avaliadas e o leilão já começa com esta avaliação. O leiloeiro oficial, Aristóteles Mendes Ruas nos doa a comissão que faz jus por lei. Quem participa de um leilão desta natureza sabe que não leva apenas uma obra de arte de valor, leva todo um projeto social junto e acho que é por isso que o baile tem dado certo. 
 
SERVIÇO 
O ingresso é individual (R$ 180) e pode ser encontrado com os rotarianos ou no 98819 2556

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