“Em momentos de alegria e celebração, não podemos esquecer toda a batalha que enfrentamos; a luta antirracista é nosso foco”, declara Marcelo Assunção, vocalista e um dos fundadores do Bloco do Black. 

Como expresso na canção “As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar”, os blocos carnavalescos desfilam pelas ruas da cidade de sexta-feira (9), até o dia 13 de fevereiro, com ou sem chuva. 

Uma das atrações é o Bloco do Black, fundado no final de 2022. Para Marcelo Assunção, conhecido como Celo, vocalista e um dos fundadores do bloco, tudo aconteceu por acaso — “Foi num restaurante da cidade de Milho Verde (MG), que havia nos convidado pra fazer um bloquinho em fevereiro do ano seguinte. A gente se empolgou bastante e acabamos por não só nos apresentar na data inicial como também no circuito oficial do carnaval de Montes Claros”, relata. 

Hoje, nosso foco de conversa é ele.
 
Quando você se interessou pelo carnaval?
Como brasileiro, a gente nunca deixa de se interessar pelo carnaval, é o nosso lugar, nosso habitat natural como foliões e amantes da arte.

E sua trajetória no bloco?
O bloco é um filho querido pra gente da banda, um projeto paralelo que se mostrou inefável e temos caminhado lado a lado.
 
Quais são os dias de apresentação e os dias dos ensaios?
No dia 3 de fevereiro, estaremos no “Esquenta dos Catopês”, às 20h30m. No dia 9, a apresentação será no Parque Sagarana, a partir das 20h. No dia 10, às 18h30 nosso encontro será no bairro Morada do Parque às 20h, e no Bloco da Praia (evento privado), às 20h30. No dia 11, nos reunimos no Encontro dos Blocos Sagarana, às 18h10 e no Samba de Milhões (evento no Parque de Exposições João Alencar Athayde com venda de ingresso), às 19h.
 
O carnaval também é um momento de reflexão, como a luta antirracista?
Definitivamente. Em momentos de alegria e celebração não se pode esquecer de toda a batalha que se vive, a luta antirracista é o nosso foco, ela se encontra em nosso repertório, nosso slogan, nossas vidas de maneira geral. Não estamos vivendo em um lugar seguro e digno para a negritude e outras minorias. 
 
Quais iniciativas o bloco tem adotado para se manter ativo? 
Desde o nosso primeiro desfile, contamos com ensaios e promoção de eventos. Mantemos contato entre os menores nas redes e somos bons amigos. Além disso, a banda se encontra em alta atividade o que ajuda muito a reforçar os laços também no bloco.
 
Você teve algum modelo profissional que inspirou seus primeiros passos?
O nosso baterista. Ele tem assumido, através da vasta experiência que possui, a maior parte das questões não simplórias, e nos incluído em tudo para que possamos aprender. Já na parte apenas musical a gente se inspira nos nossos ícones, Tim Maia, Jorge Ben, Bill Winthers, Glória Groove, Steve Wonder e vários outros.
 
Onde quer chegar o Bloco do Black?
Queremos chegar aonde nossos pés puderem levar a gente, não temos medo de grandes acontecimentos ou oportunidades de raríssima Felicidade, nem nos preocupamos com o desastre, estamos felizes e bem ensaiados, é tudo que importa.
 
AGENDA DO DIA 9 DE FEVEREIRO
Ashby - São Luiz
Local: Rua Juarez Nunes
Horário: Das 15h às 23h
Bloco do Black - Parque Sagarana
Local: Parque Sagarana
Horário: Das 16h às 23h
Los Fuleros - Centro
Local: Corredor Cultural
Horário: Das 15h às 23h
Jegue Love - Todos os Santos
Local: Rua São Sebastião, BR Mania
Horário: Das 17h às 23h
Maracangaya - Maracanã
Local: Av. Padre Chico
Horário: Das 16h às 23h
Independência - Alameda das Américas
Local: Independência
Horário: Das 16h às 23h

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