entrevista

Pollyana Ferves conduz Quinteto Feminino em tributo à música brasileira

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 08/04/2025 às 19:00.
 (Arquivo pessoal)
(Arquivo pessoal)

Com um repertório que valoriza a riqueza da música brasileira, o Projeto SESC Partituras leva ao palco do SESC Montes Claros, nesta quarta-feira (9), às 18h30, um concerto gratuito com participação da violinista Pollyana Gonçalves Ferreira, conhecida como Pollyana Ferves. O nome artístico vem das junções das sílabas iniciais e finais dos dois sobrenomes. A apresentação faz parte da iniciativa que disponibiliza gratuitamente partituras digitais em uma biblioteca virtual voltada a músicos, estudantes e pesquisadores.

“Comecei a estudar violino com 16 anos, mas já tinha vivência musical desde a infância. Incentivada pelos meus pais, que desde muito cedo investiram na minha formação musical. Tive contato com outros instrumentos como teclado, piano e bateria e coral, o que me fez ter um conhecimento não só de violino, mas como uma artista versátil que explora tanto a técnica da música erudita como a performance que a música popular brasileira pode revelar”, diz. 
 
Sobre o Projeto SESC Partituras. Como foi o convite para participar?
Sou a única mulher violinista atuante no mercado de eventos artísticos. Leila Brito, que já conhecia meu trabalho, me fez o convite e inseriu as outras instrumentistas na ideia do projeto de mostrar a importância do SESC partituras e sua relevância para a comunidade. 
 
Quem são as outras instrumentistas que se apresentarão com você?
Déborah Félix no violão, Elisângela Costa e Lucinéia Nogueira na flauta doce, Ana Grazielle no piano. Todas professoras no Celf. Este é o primeiro concerto que faremos juntas como um quinteto de mulheres.
 
Você ouve música brasileira ou outras músicas que não sejam de concerto?
Domino ambos os públicos. Tocar na orquestra e, ao mesmo tempo, ser artista em eventos exige que você ouça e tenha técnicas para vários ramos que a música pode te oferecer como profissão.
 
Alguém do meio artístico ou familiar a influenciou a ingressar na arte?
Meus pais me colocaram no Celf aos sete anos. E comprou um pequeno teclado na época para mim e meu irmão. Meu pai toca violão. Eu gostava de ouvir e logo depois repetia o que ele fazia. O violino foi meu último instrumento aprendido e até hoje sigo com ele me desafiando.
 
Que idade você tinha quando se apresentou em público pela primeira vez e onde isso aconteceu?
Toquei meu primeiro casamento aos nove anos, com meu irmão e meu pai na igreja. Desde então, nunca mais parei. Fiz inúmeras apresentações no conservatório como solista e toquei para diversas agências de casamentos, mas sabia que podia fazer meu trabalho ser diferenciado. Fiz cursos digitais como o FAZ — Fórmula do Artista Sociais com o violinista Damian Zantedeschi e a produtora Graciane Ribeiro e entendi que agregar valor à minha imagem poderia me levar a lugares e preços diferenciados. Hoje me vejo como uma empresária no ramo da música e é muito satisfatório ser escolhida pela qualidade do meu trabalho e não pelo cachê mais barato do mercado. 
 
Quais foram os maiores desafios no seu aprendizado?
Me vê como uma artista e não somente como um músico comum. 
 
Qual é a importância da afinação e manutenção do instrumento para você?
O violino está entre os instrumentos que levam mais tempo para se ter certo domínio. A afinação está para o violino como a afinação está para o cantor. Não basta cantar bonito. Cantar e tocar afinado é intrínseco. Exige estudo, paciência e muita dedicação. 
 
Como conciliar a vida profissional e a família?
Meu esposo trabalha como vídeomaker para empresas e também em casamentos. A gente reveza entre os eventos para ter tempo para a família. Nossa família cresceu, temos o pequeno Rafael de 2 anos e a Isabela que chega em junho. Sou muito realizada no meu trabalho como artista, violinista, mas ser esposa e mãe é um privilégio que não abro mão. A família é minha maior riqueza. Hoje posso abrir mão de algumas datas para ficar com eles. O trabalho é o meio de dar a eles uma boa qualidade de vida. A família é a prioridade. Sempre. 
 
Faça um convite aos leitores para a apresentação no SESC.
Teremos um concerto didático nesta quarta-feira e vamos apresentar canções de Lorenzo Fernandez, Chiquinha Gonzaga e Villanni Côrtes ao som doce das flautas, à vibração do piano e do violão e à beleza única do violino. Sintam-se convidados. 

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