Com ampla pauta de reivindicações, a Polícia Civil de Minas Gerais decidiu, em assembleia realizada na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na capital mineira, por volta das 13h desta quarta-feira (15), paralisar suas atividades em todo o Estado, preservando apenas 30% dos serviços nas delegacias, institutos médicos legais, departamento de trânsito, entre outros. Logo após a decisão, a categoria saiu em passeata pelas ruas e avenidas de Belo Horizonte.

A greve da PC coloca em xeque a atual estrutura de segurança pública do estado mineiro. O alto grau de instabilidade observado é decorrente de praticamente dois anos até meados de 2016. A manifestação mais recente contra a falta de melhores condições de trabalho e de perdas salariais foi a mobilização dos agentes penitenciários que depois de deflagrarem o movimento grevista, entraram em acordo com o governo mineiro que acabou atendendo parcialmente as reivindicações da categoria.

De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), a categoria cobra o pagamento de abono vestimenta da Polícia Civil, já que a Polícia Militar recebeu, em junho, equiparação do piso salarial dos investigadores e escrivães ao de perito. Segundo o sindicato, desde 2013, quando foi votada a lei orgânica, a hierarquia dos funcionários de carreira simplesmente foi extinta. Pedem, ainda, a equiparação dos salários dos delegados aos dos defensores públicos.

A greve é por tempo indeterminado, e nova assembleia deverá ser convocada com uma semana de movimento para avaliar os rumos da pauta de reivindicação encaminhada ao governo de Minas Gerais.