Gissele Niza
Repórter
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O soldado da polícia militar Marcílio Santana matou na noite de quinta-feira, 06, o desocupado José Mota dos Santos, 38 anos, com dois tiros, na cidade de Itacarambi, Norte de Minas. O crime aconteceu quando a PM foi acionada para atender ocorrência na Rua Maranhão, do Bairro Nossa Senhora de Fátima, naquela cidade, onde, segundo informações do solicitante - que não teve o nome revelado - José Mota estava armado com um facão, ameaçando de morte pessoas que passavam pelo local.
Segundo informações do 3ª Região de polícia militar, José Mota dizia que queria matar alguém e que, depois, iria suicidar-se.
Comandada pelo cabo Célio Nogueira dos Santos, uma guarnição da PM chegou ao local e deparou com José Mota muito exaltado. Segundo a PM, ele tentou agredir o soldado Marcílio com um facão de aproximadamente 45 centímetros de lâmina. O soldado Marcílio tentou acalmar o desocupado, pedindo que colocasse o facão no chão, mas sem êxito.
José Mota partiu para cima do soldado quando este efetuou um disparo de revólver e o atingiu na virilha. Ainda segundo a polícia militar, mesmo ferido José Mota insistiu em acertar o soldado, que efetuou outro disparo, atingindo-o no abdome, o que provocou morte instantânea.
O comandante da guarnição, cabo Célio Nogueira, conduziu José Mota a hospital e efetuou a prisão do soldado Marcílio. A arma utilizada no crime foi recolhida pela PM e o soldado encaminhado à sede do 30º BPM em Januária, onde foi autuado em flagrante pelo 1º tenente Valter Soares Silva.
ALVARÁ DE SOLTURA
O tenente Nelito, do 30º BPM, informou a O Norte, às 19h30 da noite de ontem, sexta-feira, que o soldado Marcílio estava detido na sede do batalhão e que aguardava ainda ontem o alvará de soltura do PM, expedido pela justiça militar.
- Foi efetuado o flagrante do soldado Marcílio e encaminhado para a justiça militar em Belo Horizonte. Por entender que o militar agiu em legítima defesa, a justiça militar deverá expedir alvará de soltura para que o soldado responda ao processo por liberdade – informou o tenente.
O delegado regional de Januária, Raimundo Nonato, que se encontrava em Belo Horizonte ontem, informou que será aberto inquérito para investigar o caso e as providências cabíveis tomadas.
A reportagem tentou contato com familiares de José Mota, mas sem êxito até o fechamento desta edição, às 22h30.