Os policiais civis que decidiram paralisar as atividades retificaram o anúncio inicial e marcaram para essa segunda-feira (20) a greve geral da categoria. O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) informou que o aviso prévio precisa ser de 72 horas, por isso, diferentemente do informado na última quarta-feira, a paralisação não ocorrerá neste sábado.
Nessa quinta-feira (16), o Governo de Minas apresentou uma série de propostas para tentar impedir a instalação de um processo grevista na corporação. Dentre as soluções apresentadas, está a criação de um grupo de trabalho para analisar o plano de carreira dos servidores, uma das principais reivindicações da categoria. Além disso, o governo fez um apelo para que o movimento não seja instaurado par evitar que a população mineira seja prejudicada.
- Há uma proposta resultante da reunião acontecida. Foi lavrada uma ata e vamos levar essa proposta à categoria. A greve continua, até porque foi deliberada em Assembleia, e uma decisão dessa natureza não pode ser desfeita do dia para a noite, explicou Antônio Marcos Pereira, presidente do Sindipol/MG.
O atendimento será reduzido em 70%, com exceção das atividades essenciais como as medidas protetivas da Lei Maria da Penha, proteção ao idoso, crianças e adolescentes.
Segundo o Sindpol/MG, a categoria quer a isonomia salarial entre as carreiras de terceiro grau dos servidores da Polícia Civil. Além disso, o Sindipol identifica um déficit de 50% em relação ao que a legislação dita e cobra do governo que chame os servidores aprovados em concurso público para sanar a falta de pessoal, que segundo o sindicato compromete a qualidade do serviço. Os delegados querem que os salários sejam equiparados com os defensores públicos. São cobradas, também, melhorias nas condições de trabalho nas delegacias da capital, região Metropolitana e no interior do Estado. (HD)