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Inovação e criatividade

Parceria entre SAMU e IFNMG revitaliza macas com impressão 3D

Da Redação
Publicado em 27/03/2025 às 19:00.

O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun) e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) — Campus Montes Claros uniram forças para reparar as macas frequentemente danificadas do SAMU Macro Norte, possibilitando seu reaproveitamento por meio de um projeto do Instituto.

O SAMU enfrenta desafios constantes na realização de atendimentos devido à retenção das macas nos hospitais ou ao seu desgaste excessivo, já que os equipamentos acabam sendo usados como leitos nas unidades hospitalares. Diante dessa situação, o técnico administrativo do SAMU Macro Norte, Fábio Toncheff de Oliveira, teve a ideia de levar essa questão ao IFNMG, visando encontrar uma solução viável para revitalizar as macas danificadas. “Propus a substituição das peças quebradas por versões otimizadas, fabricadas por impressão 3D. O professor e sua equipe abraçaram a ideia e aceitaram o desafio”, afirmou Fábio.

O Instituto se comprometeu com a causa e levou uma das macas do SAMU para seu laboratório. A missão dos alunos era analisar o equipamento e realizar as intervenções necessárias. “O primeiro desafio foi fazer a medição e desenvolver um projeto técnico conceitual. Eles realizaram as medições, fizeram esboços preliminares e usaram computadores de alto desempenho para modelar o equipamento em 3D, transformando o modelo computacional em um produto físico”, explicou o diretor do IFNMG, Dr. Wagner Leite Araújo, sobre o processo de confecção.

Wederson Perpétuo Soares, um dos alunos responsáveis pela execução do projeto, recorda com entusiasmo: “Quando cheguei no Makerspace [laboratório do IFNMG] e vi a maca, logo identifiquei que era do SAMU e perguntei: ‘O que essa maca do SAMU está fazendo aqui?’ O professor me explicou que estava quebrada e queriam recuperá-la. Foi quando eu disse: ‘Esse projeto é meu, professor!’”.

Wederson também expressou sua satisfação com o projeto: “Foi emocionante poder restabelecer o funcionamento da maca. O efeito benéfico dessa reconstrução vai se expandir muito, e não só para essa maca, mas para outros dispositivos da área de saúde que forem necessários para fazer restauração”. Júlio César Santos Souza, outro aluno envolvido, destacou que o trabalho não apresentou grandes dificuldades, mas foi uma experiência única.

As peças de reposição foram fabricadas com acrilonitrila butadieno estireno (ABS), um material derivado do petróleo conhecido por sua resistência ao impacto e ao desgaste — características essenciais para garantir a segurança no transporte dos pacientes atendidos pelo SAMU.

“Esse projeto não só melhora a estrutura do SAMU Macro Norte, mas também fortalece a colaboração entre instituições públicas e educativas para a promoção da saúde e inovação no Norte de Minas”, disse a diretora-executiva do Cisrun/SAMU, Zildete Ferreira de Souza.

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