Guardião de memórias

O NORTE: 20 anos de história e notícias, informação em primeiro lugar

Manoel Freitas
Publicado em 01/09/2023 às 19:51.
Prédio na Rua Justino Câmara, último endereço físico de O NORTE (Manoel Freitas)

Prédio na Rua Justino Câmara, último endereço físico de O NORTE (Manoel Freitas)

O tempo não para! Dia 29 de novembro de 2003, O NORTE chegava pela primeira vez às bancas de Montes Claros com o compromisso de ser “o jornal que escreve o que você gostaria de dizer”. E lá se foram duas décadas não apenas de noticiário, mas vinte anos a serviço do leitor, da preservação da memória norte-mineira, dia a dia gerando informação coberta de significados. 

E ninguém melhor do que Raquel Muniz, médica e reitora da Funorte, para falar sobre os vinte anos do jornal. “Criar O NORTE foi uma grande realização e igual desafio, porque há 20 anos tudo era mais difícil, muito caro e foi preciso não apenas montar uma redação, como também uma gráfica”, lembra Raquel, para quem “todo o esforço valeu à pena porque sempre acreditamos que Montes Claros merecia”. 

Revela que “acreditar na imprensa, na comunicação, no jornalismo como uma ferramenta social, foi o maior passo, porque só dessa forma é possível trabalhar em prol das demandas sociais, transformar realidades”. Até por isso, explicou Raquel Muniz, “nosso primeiro curso superior em Montes Claros foi Jornalismo”. Salientou que “O NORTE sempre foi isento, trabalhou de forma independente, com matérias estritamente jornalísticas, por isso se consolidou junto à comunidade, por ser de fato essa ferramenta à serviço da comunicação moderna, do bem comum”. 

Argumentou que O NORTE deu certo, igualmente, “porque Montes Claros oferece todas as condições para crescer, uma cidade polo que pulsa arte e cultura, que tem um debate político intenso”. Então, nesse panorama, disse não ter a menor dúvida de que “o jornal veio para somar, para servir, para ficar e vê-lo chegar aos 20 anos, se reinventando diante de novas tecnologias sem perder a essência, indica que nossa missão está sendo cumprida”. Que venham outros vinte e tantos anos O assoprar de velas clama por registrar o que motivou a criação do jornal O NORTE: o espírito de cidadania e a visão de longo alcance dos professores, doutores e empresários Ruy e Raquel Muniz. 

Nessa hora de festa, aplausos e homenagem póstuma ao seu primeiro editor e eterno mestre, o jornalista, teatrólogo e advogado Reginauro Silva. Regis, como era chamado e que nos deu adeus em 2012, aos 62 anos, cujo legado é repleto de boas bandeiras, tinha jornalismo nas veias. Nosso muitíssimo obrigado a outro companheiro que partiu em 2018 aos 65 anos, deixando enorme saudade, o jornalista, articulista político e radialista, Artur Leite. De lá para cá, a exemplo de tendência mundial, em 2019 O NORTE deixou de circular nas bancas de jornais, migrando para o formato digital. Mudança que preservou seus valores, a rigor ajuste necessário à demanda cada vez maior por informação completa, verdadeira, “em tempo real, acessível em qualquer hora e lugar”, segundo posição do grupo Soebras. 

139 anos da imprensa de Montes Claros 

Há duas décadas, o memorialista, Dário Teixeira Cotrim, assina conteúdo de qualidade, informando ao leitor montes-clarense a história da colonização e o desenvolvimento da Vila de Montes Claros das Formigas, com publicações de crônicas e resenhas sobre o tempo pretérito. Muita história para contar Dário Teixeira Cotrim, advogado, memorialista e pesquisador, não é somente membro de diversas academias de letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. 

Em síntese, no seu dizer “o jornal O NORTE contribuiu, e ainda vem contribuindo, com muita dedicação e carinho ao setor literário, honrando os nomes de Darcy Ribeiro e Ciro dos Anjos na academia da imortalidade”. Prega ser prazeroso o ofício de contar de modo muito natural o cotidiano, os lugares, as coisas, as pessoas, “e o Jornal O NORTE oferece aos cronistas e contistas, essa oportunidade ímpar de fazer história”.  
 
DE PRIMEIRA HORA 
O radialista e jornalista, Eduardo Brasil, fez parte de O NORTE antes mesmo da primeira edição chegar às bancas. “Foram dias inesquecíveis na preparação do ambiente em que iríamos trabalhar, desde a redação, instalação dos computadores, até a oficina, de modo que integrar aquela equipe foi algo sensacional”, relata Brasil, lembrando que “tínhamos uma amizade sincera e muita vontade de unir nossas forças para lançar um jornal que entraria para a história da imprensa em Montes Claros”. Lembra ter sido do jornalista Reginauro, “nosso saudoso Regis, o convite para integrarmos sua equipe um mês antes de a primeira”. 

De Águas Vermelhas para o Norte de Minas 

Quinze anos: essa foi a caminhada de Jerusia Arruda, para quem “o trabalho do jornalista é como uma costura de retalhos, cada experiência vivida, cada história contada, é um quadradinho de retalho que se soma ao grande tecido da vida”. Argumenta que “alguns desses retalhos são feitos de tecido perene, que não desbota, não se fragmenta, dura para sempre, e com certeza a minha passagem pelo O NORTE é um desses retalhos perenes na costura da minha vida”. Explica que aqui deu seus primeiros passos na imprensa, “começando como estagiária até chegar à editora-chefe”. 

No tempo em que permaneceu em O NORTE, conviveu com vários jornalistas. E deu o recado, bem dado: “Reginauro Silva foi meu primeiro editor, não poderia ser melhor. Além dele, fui contemporânea do talentoso Eduardo Brasil, do olhar sensível e crítico de Manoel Freitas, da alegria e ousadia de Adriana Queiroz, e ainda tive a honra indescritível de compartilhar espaço com o saudoso Georgino Jr. É como se tivesse feito dois cursos de jornalismo: um na academia e outro no O NORTE”. 

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