O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (19), que o governo montou um time de ministros no Planalto que consegue garantir dois terços dos parlamentares na base aliada.
- Quem sabe vai haver troca de ministro, até por pedido do próprio. Mas temos um time que garante dois terços do Congresso - afirmou Padilha, em São Paulo, onde participou de lançamento do Ranking de Competitividade dos Estados 2016, que tem apoio da BM&FBovesp.
Ele disse que as escolhas dos comandantes das pastas foram feitas com base no apoio que os nomes indicados tinham na Câmara e no Senado. Afirmou que o governo tem de 380 e 400 votos garantidos na base aliada, sem citar se estava citando apenas a Câmara ou somando as duas casas.
O ministro comentou ainda que o núcleo de força do presidente Michel Temer, no qual apontou Henrique Meirelles como o “capitão”, está há 20 anos unido e fala como “uma voz só”.
Previsões
Ele reforçou que o País vive sua maior crise e que o governo tem o desafio de conter o déficit público e controlar a dívida da União. A projeção do ministro é que o Brasil chegue a 14 milhões de desempregados até março do ano que vem e comece a recuperar as vagas a partir do fim do primeiro trimestre de 2017.
O ministro-chefe da Casa Civil afirmou que o governo compreende a situação fiscal ruim dos Estados. Segundo ele, em 17 ou 18 Unidades da Federação os governadores se converteram em meros administradores de departamento de pessoal.
- É o início de um processo que se não tivermos reversão do quadro, nós vamos vê-lo ser incrementado nos demais estados - disse Padilha.
Ele reforçou que o presidente Michel Temer tem consciência da “dura situação” pela qual passa os estados e que a solução virá através de medidas difíceis.
- Não digo que sejam medidas amargas, São medidas saneadoras.Eu nunca vi curar doença grave a não ser com remédio forte - falou.