entrevista

Montes-clarenses visitam a Índia e conhecem país semelhante ao Brasil

Pelo mundo em busca de intercâmbios transformadores

Adriana Queiroz
Publicado em 31/01/2023 às 23:33.
 (ARQUIVO PESSOAL)

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O que motivou a professora e rotariana Maria de Lourdes Matos a fazer intercâmbio na Índia foi o fato de que o país, além de místico e multicolorido, é também cheio de contrastes, extremos e que despertam olhares de muitos viajantes. 

Conta que o país, além de paisagens exuberantes – como o Himalaia – é de uma hospitalidade fora do comum: nativos são experts em bem receber. “É um país parecido com o Brasil, no sentido de que há muita disparidade. Mas na Índia a situação é pior. As cidades não são organizadas, o trânsito é caótico e dirigir é uma loucura. Mesmo com problemas de organização e burocracia, os indianos são pessoas muito pacíficas e simpáticas”, diz. 

Nesta entrevista ao O NORTE, Maria de Lourdes fala sobre a motivação em conhecer a Índia e as atividades desenvolvidas no Rotary.
 
O que a motivou a fazer intercâmbio na Índia?
Tem a ver com o Rotary. Estou presidindo a Comissão Distrital do Intercâmbio Rotário da Amizade do Distrito 4760. É um programa de intercâmbios internacionais por meio do qual os participantes – associados e amigos do Rotary – revezam visitas. Podem viajar sozinhos, acompanhados e não precisam necessariamente ser associados de um Rotary. A meta para este ano é a de motivar os rotarianos a se engajarem em intercâmbios transformadores no mundo inteiro. A comissão deve planejar e coordenar os intercâmbios, ajudar a encontrar parceiros, avaliar intercâmbios concluídos e divulgar resultados e histórias inspiradoras. O primeiro deste ano rotário foi do Rotary Club de Montes Claros Oeste com o de Aurangabad Elite, na Índia. 
 
Ao todo, foram 10 pessoas com você. Como foi montado o grupo?
O time de interessados foi constituído de rotarianos, cônjuges e amigos do Rotary Club de Montes Claros Oeste, sob a minha coordenação (team Leader). A partir da formação dos grupos, um no Brasil e outro na Índia começaram as trocas online entre os participantes. E os laços de amizade começam a ser construídos com a criação de um grupo de whatapp. Também ocorrem troca de e-mails entre os participantes e famílias anfitriãs, que objetivam amenizar futuros impactos culturais e colaboram para uma boa convivência entre todos.
 
Quais os aprendizados desse intercâmbio?
Que apesar do idioma, hábitos alimentares e diferenças culturais, um rotariano é recebido por outro com tanto carinho que todas as barreiras simplesmente desaparecem. 
 
Realizar um intercâmbio constitui um desafio: encarar um país diferente, novo idioma e outra cultura. O que tudo isso proporcionou a vocês?
Muito aprendizado. E a experiência é muita rica para todos os envolvidos. Além de que os participantes têm a oportunidade de exercitar a capacidade de se relacionar e compreender o outro por meio das diferenças. Em Aurangabad, os anfitriões prepararam uma agenda de trabalho rotário e cultural. Participamos de reuniões, visitamos projetos, conhecemos destinos turísticos, convivemos em família nativa participando de sua história, costumes e tradições.
 
Você nasceu em Bocaiúva e escolheu Montes Claros para trabalhar e viver. O que a levou a ser rotariana?
Moro em Montes Claros há 25 anos e me sinto em casa. Quando cheguei, fui convidada para integrar o Rotary Club de Montes Claros Oeste pela minha amiga e professora Regina Peres. A principal vantagem de ser rotariano é a de ter a oportunidade de servir em qualquer parte do mundo, seja atuando em um projeto na nossa comunidade ou atuando em um projeto em qualquer outro lugar do planeta. 
 
Quais os benefícios do Rotary para nossa cidade e região. 
Em Montes Claros, a atuação do Rotary é muito forte. Temos nove clubes muito atuantes na prestação de serviços e em toda comunidade se vê a presença do Rotary no combate a pobreza, na prevenção de doenças, saúde materno infantil, etc.... Projetos que beneficiam a população em Montes Claros, Norte de MG e sul da Bahia.

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