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Perfil no WhatsApp que traz uma imagem macabra ganhou as redes sociais nos últimos dias em todo o mundo. Ao aceitar a conversa – geralmente é mostrado o DDD +81, do Japão –, o usuário do aplicativo recebe imagens de violência e até ameaças. Mas o que muitos internautas acreditam ser uma brincadeira inocente pode, na verdade, esconder vários riscos.
O usuário desconhecido, que é chamado de “Momo”, exibe a foto de uma mulher com olhos esbugalhados. A imagem trata-se de uma escultura exibida em 2016 no Museu Vanilla Gallery, em Tóquio.
Apesar de não haver indícios de quem está por trás do contato, durante o bate-papo o internauta abordado pode ter os dados pessoais roubados. Não há ocorrências do tipo em Minas, mas o delegado Rodrigo Bustamante, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, revela que as buscas pelo assunto no Google a partir do Estado têm disparado desde julho, o que sugere que as mensagens já chegaram por aqui.
SUSCETÍVEIS
Crianças e adolescentes, conforme o investigador, são os mais propensos a cair em fraudes do tipo, uma vez que consideram o jogo inocente. Porém, Bustamante alerta aos pais para a necessidade de conversar com os filhos e orientá-los a ignorar os perfis desconhecidos. “O ideal é não fomentar nem repassar essa nova moda do WhatsApp. A Momo é uma brincadeira que pode se tornar perigosa”.
Advogado especialista em crimes cibernéticos, Alexandre Atheniense acrescenta que a internet é um “beco escuro”. “Esse contato virtual é de alto risco, pode causar surpresas desagradáveis”.
PARCERIA
Além da família, a escola também tem papel fundamental na orientação. As mais seguras formas de se usar a internet podem ser debatidas com professores, destaca a doutora em educação da PUC-Rio Andrea Amaral. “É necessário incentivar, na escola e em casa, o questionamento sobre as razões e consequências de atos e escolhas”, afirma a educadora.