A montes-clarense Dilma Nazareth Maia e Sena é mais conhecida como Dilma de Jacques. Ela ingressou na Polícia Militar de Minas Gerais em dezembro de 1986 e teve passagem para a reserva como 2° Tenente em janeiro de 2012. Na PM Dilma trabalhou na sala de operações, radiopatrulhamento, serviço administrativo, instrutora do Proerd (o serviço mais apaixonante para ela) e CMT de Pelotão. Atualmente é missionária e pastoreia a igreja “O Brasil Para Cristo” do bairro de Lourdes.
É comum vê-la todas as manhãs de segunda-feira e aos sábados onde leva a mensagem do evangelho nos hospitais além de visitas ao asilo da cidade.
Nos conte um pouco sobre sua experiência na Polícia Militar .
Considero como uma porta aberta pela mão de Deus. A PM é uma missão também. Você cuida de gente, defende o fraco, resolve problemas. Vivi muitas situações que me ensinaram a olhar novamente para as pessoas e tentar compreendê-las.
Como é participar do Missão Hospitalar?
É uma oportunidade de ser a presença de Jesus na vida daqueles que estão sofrendo. E é através de nós que Jesus fala e abraça. O projeto conta com voluntários que doam uma pequena porção do seu tempo para acolher os pacientes e acompanhantes. Oferecemos um lanche simples, levamos músicas, falamos do amor de Jesus e também ouvimos a história das pessoas. Nossa equipe, que é liderada pelo capelão Luiz Henrique da Silveira se reúne em frente a oncologia e nefrologia do Hospital Dilson Godinho, nas segundas- feiras, pela manhã. Aos sábados percorremos todos os setores do HU e sempre que somos chamados para outras instituições, estamos prontos para atender com muito amor e carinho.
Como é sua história com o evangelho?
Sempre fui religiosa, mas só conheci a Bíblia através de duas missionárias alemãs que foram morar na minha rua. Eu tinha 10 anos de idade e amava receber os folhetos que elas entregavam. Elas diziam: “Decore, que você ganha outro”. Decorava os versículos rapidinho. Tudo o que uma criança quer, é ganhar algo para colecionar. Juntei uma caixinha cheia desses preciosos versículos. Também participei da Escola bíblica de Férias com elas. Deixei a idolatria, e sentia Deus me chamando, mas só tomei uma decisão de servir a Deus aos 16 anos (nesta mesma igreja em que estou hoje).
Além de esposa, mãe, missionária, você se envolve na rotina de muitas pessoas, ajudando-as. Como concilia tudo isso?
Não é fácil conciliar as nossas responsabilidades. É preciso um esforço. Faço muitas visitas porque temos muitos idosos na igreja, e eles precisam de uma atenção especial. Aprendi que não posso tudo, mas o Deus que me fortalece pode. Aprendi também que quanto mais você está ocupado com a obra de Deus, mais ocupação aparece. Essa frase é uma verdade: “ Se você precisa de um favor, peça para uma pessoa ocupada; as desocupadas não tem tempo...” Também valorizo os preciosos momentos com minha família. Minha casa é uma benção de Deus. Muitas pessoas me ligam e pedem para visitar um familiar; um casal em crise; alguém que está doente. Faço o possível para atender. Quando não posso atender, peço um dos obreiros. A igreja sempre ajuda. Também nos mobilizamos para realizar os eventos programados. Mas as visitas para os idosos, gosto muito de ir.
Tem um versículo bíblico que você memorizou e fale alto em seu coração?
Um dos versículos que aprendi com as missionárias, até hoje fala muito forte ao meu coração: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”(Efésios 2:8).
Para finalizar, deixe uma mensagem para nossos leitores (as)
Um pastor muito querido disse: Se você quer crescer e prosperar, encontre algumas pessoas melhores que você e passe a andar com elas.
Creio que depois que me integrei a essa equipe de Missão Hospitalar, me tornei uma pessoa melhor. Gratidão a Deus por tudo isso!