Oito em cada 10 empresários não contrataram e nem pretendem contratar trabalhadores para este fim de ano, incluindo os temporários, de acordo com um levantamento feito em capitais e no interior do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
De acordo com a pesquisa, 15,4% dos empresários têm a intenção de reforçar o quadro de funcionários. Levando em consideração o setor do varejo e serviços, 27,2 mil vagas extras deverão ser criadas, o que mostra cenário de estabilidade frente as 24,4 mil do ano passado.
Para quem não vai contratar, seja temporário, ou efetivo, a principal razão é não ver necessidade na ampliação do quadro de funcionários, acreditando que a equipe atual dará conta do volume de clientes aguardados para o período (46,6%). Outras justificativas são a expectativa de baixa demanda no fim do ano (13,2%) e a falta de dinheiro para pagar mão de obra extra (12,2%).
JORNADA DE TRABALHO
Mesmo sem reforçar o tamanho da equipe, 45,9% também disseram que não irão alterar a jornada de trabalho de seus funcionários por não haver um aumento significativo no número de clientes. Os que vão aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe são apenas 10,8% da amostra.
Levando em consideração os empresários que pretendem contratar mão de obra temporária, a principal razão é suprir a demanda que aumenta com a proximidade das festas de fim de ano (63,2%), seguida da alta rotatividade dos funcionários que leva à necessidade de ocupar os cargos disponíveis (14,7%). Entre temporários e efetivos, a média geral será de dois contratados por empresa, número igual ao verificado no ano passado.