Lucy Soares
Repórter
lucy@onorte.net
A lagoa Pampulhinha continua sem qualquer segurança, apesar de ser freqüentada por inúmeras pessoas no final da tarde, fazendo suas caminhadas, e onde nadam dezenas de crianças e adolescentes, todos os dias. Na tarde quente de sexta-feira, quando nadava com vizinhos e amigos do Bairro Clarice Ataíde, o estudante Maicon Pereira dos Santos, 16 anos, morreu afogado, por volta das 15 horas.
Segundo os colegas, todos se atiraram na água, embora Maicon não soubesse nadar e usasse um volume de isopor como bóia. Em determinado momento, ele afundou. Quando os bombeiros chegaram, cerca de 50 minutos depois, só restava resgatar o corpo, que permaneceu algum tempo amarrado na beira da lagoa. Ali, centenas de pessoas condoeram-se com o desespero de Helena Pereira dos Santos, viúva e mãe de seis filhos, que havia acabado de perder o mais novo deles.
Maicon era aluno da 5ª série da escola estadual Augusto Vale. Da mãe, que recebe aposentadoria do marido morto, um pedreiro, Maicon ganhou uma bicicleta novinha.
- Tirava da boca para dar ao meu filho... e, agora, ele se foi, meu Deus – desespera-se Helena.