Variedades

'Los Fuleros' aquece os tambores para o carnaval de MOC

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 30/01/2024 às 21:49.
A coordenadora do Bloco Los Fuleros comenta que, desde criança, acompanha os festejos dos bloquinhos de carnaval de rua de Montes Claros (Arquivo Pessoal)

A coordenadora do Bloco Los Fuleros comenta que, desde criança, acompanha os festejos dos bloquinhos de carnaval de rua de Montes Claros (Arquivo Pessoal)

Repertório eclético que fará com que o público de todas as idades se mova, pule, cante e dance à vontade. É o que garante Maria Natividade Maia e Almeida, conhecida como Naty Maia, coordenadora do bloco Los Fuleros, fundado em 2018, uma das atrações do Carnaval de Montes Claros. O bloco se apresentará no dia 9 de fevereiro, no Corredor Cultural, atrás da Igreja da Matriz. 

“Juntamente com Débora Gueddes, Camila Alves, Guilherme Sizílio fundamos os ‘Los Fuleros’, que nascia sem ter instrumentos próprios, mas Guilherme tinha alguns e disponibilizou. A nossa bateria era composta por adolescentes da periferia que já tocava em fanfarras de escolas e fizemos nosso primeiro carnaval no Major Prates e no Morada do Parque”, comenta.

De lá para cá, o bloco teve outras formações na harmonia, novos integrantes e se apresentou por diversos bairros da cidade — “Em 2021, não tivemos carnaval por conta da pandemia. Neste ano, elaborei um projeto e, através da Lei Aldir Blanc, consegui manter o bloco e compramos os nossos instrumentos. Meu filho, Ângelo Maia, passou a participar do bloco e foi mestre da bateria em 2022”, relata Naty. 

Em 2022, no carnaval antecipado, Naty relata que reestruturaram o bloco juntos, com a adição de novos integrantes na bateria, harmonia e ainda cinco vocalistas: Fabíola Monção, Anne Pereira, Danilo Barcelos, Sara Quadros e Rosane Oliveira — “Fizemos dois circuitos de carnaval: circuito Lina Luz (Morada do Parque), Circuito Georgino Júnior (Corredor Cultural). Foi um sucesso, nos tornamos o Los Fuleros Sideral em homenagem ao nosso poeta Georgino Júnior”, conta.

Sobre sua participação nos tradicionais blocos de ruas da cidade, Naty, que também é docente na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), relata que sempre participou desde criança — “Na década de 1980, nos blocos ‘Biô e Salomé’, ‘Em Cima da Hora’ e o ‘Bloco do Bosta’. O Bloco Biô e Salomé foi fundado por meus primos. O nome era uma homenagem a outros dois primos, solteirões da família. Meu irmão, José Maia, junto com meu cunhado, Antônio Osvaldo, e mestre Osvaldo fundaram o bloco ‘Em Cima da Hora’. Vale lembrar do “Bosta” que foi formado a princípio por dez pessoas que saíram do Bloco Biô e Salomé. Eles se vestiam de branco e usavam capuz, pra demonstrar que eram invisíveis. A fantasia era barata e qualquer um podia comprar um pedaço de tecido e se divertir sem custos”, relembra.
 
MIL E UMA
Quem pensa que a vida de coordenadora de bloco é fácil não sabe que é preciso fazer de tudo. Naty carrega instrumentos, organiza a parte burocrática, participa da escolha do repertório, auxilia no marketing, faz vinhetas, entre outras atividades — “Além disso, participo da bateria tocando tamborim e assino os contratos. Mas não gosto de centralizar as coisas. Cada um dos membros do bloco tem sua função, não somos muitos e para dar certo é preciso que todos se envolvam de fato”.

Os ensaios do bloco Los Fuleros acontecem na rua João Souto, nº 1124, na região central de MOC, e para quem quiser participar tocando um instrumento, basta procurar a turma do bloco. 

“Se for na bateria, primeiro faça contato comigo e tem que participar dos ensaios para sabermos qual instrumento se adapta melhor. Na harmonia, tem que falar com Débora Gueddes. Nossos ensaios acontecem terça e sexta às 19h e aos sábados às 15h”, diz.

Manter um bloco não é tarefa fácil; frequentemente, é preciso recorrer às finanças pessoais, realizar apresentações em eventos particulares, festas e concorrer a editais para captar recursos — “No período de carnaval buscamos apoio público e de amigos. Os amigos são os que mais ajudam e fortalecem o bloco, pois, vão aos nossos eventos e compram nossas rifas e outras promoções que fazemos. Não é fácil manter um bloco, requer da gente muita dedicação, é um ano de trabalho pra chegarmos até os dias de realizar o nosso carnaval”, finaliza a coordenadora. 

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