CARREIRAS DE SUCESSO

Jornalista egressa da Funorte compartilha insights sobre profissão

Leonardo Queiroz
Publicado em 04/10/2023 às 21:28.

Atualmente, o mercado de trabalho no jornalismo é bastante amplo, com oportunidades nos campos clássicos de atuação, como rádio, televisão, jornais impressos e plataformas digitais. Devido à alta concorrência, o jornalista que deseja se destacar precisa mostrar que, além de talento, possui uma boa compreensão do mercado e é capaz de ser criativo em diversos cenários contemporâneos.

Nosso bate-papo de hoje é com Juliana Ribeiro, egressa do curso de Jornalismo da Funorte em 2017, que se realizou profissionalmente na área e hoje atua no setor cultural na cidade de São Paulo. 
 
Como o Jornalismo surgiu em sua vida? 
Os primeiros sinais que eu seguiria a profissão estavam presentes desde a infância. Quando pequena, eu já gostava muito de ler e costumava reproduzir as histórias clássicas infantis em versões diferentes, criando meus próprios livrinhos de folhas sulfite grampeadas, escritos à mão. Para mim, era uma diversão. Na adolescência, comecei a escrever contos e poemas. Na época, tive uma professora de Português e Literatura maravilhosa, a poeta montes-clarense Marli Fróes, que me incentivava muito a criar, tanto que levou alguns dos meus textos para serem expostos no Psiu Poético. Ela realmente valorizava o que eu fazia, acreditava em mim, e fez toda a diferença na minha vida. Então, se tem alguém que me inspirou a seguir nessa profissão, certamente foi ela.
 
Como foi cursar Jornalismo na Funorte? 
Cursar Jornalismo na Funorte me deu muito mais do que um diploma. Foram anos de muitas trocas e aprendizado, com professores dedicados e colegas que se tornaram amigos queridos. Além disso, foi na Funorte que tive minha primeira experiência como estagiária, que foi enriquecedora. É claro que, ao longo do percurso, surgem desafios, mas acho que eles também fortalecem de alguma maneira. E desistir nunca foi uma opção para mim.
 
Como foi se inserir no mercado de trabalho e quais os desafios da profissão? 
Depois de me formar, decidi morar em São Paulo. Inicialmente, pretendia fazer cursos na área de audiovisual e atuar nesse campo. O curso aconteceu, porém, o meu foco foi mudando naturalmente. Fui atrás de vagas, mas confesso que não foi tão fácil – tanto que até cogitei mudar de área (ainda bem que essa ideia passou rápido). Poucos meses depois, consegui um freela em um jornal da zona sul, no qual era responsável por cobrir assuntos diversos como política, educação e esporte. Daí para frente, as coisas foram fluindo.
 
Como tem sido seu trabalho atual com o jornalismo?
Atualmente, trabalho como jornalista na área cultural. É incrível ter essa conexão direta com as mais diversas formas de arte. Fazer parte de exposições, escrever matérias, conduzir entrevistas, ficar imersa em cada novo projeto me enche de alegria. Meu trabalho anterior foi como repórter do site de uma revista feminina, em que produzia matérias sobre assuntos variados (culinária, saúde, beleza, negócios, entre outros), além de produções em vídeo, gravadas e ao vivo. Também foi uma experiência maravilhosa.
 
Você se sente realizada com a profissão?
Amo ser jornalista e acho que a realização vem com o decorrer do tempo, as experiências adquiridas, os resultados positivos do trabalho. Ainda tenho muito a aprender na profissão e um caminho longo pela frente. No geral, acredito que um dos maiores desafios é a valorização do jornalismo na sociedade e, consequentemente, dos profissionais que o exercem. 
 
O que é preciso para ser um bom jornalista e qual matéria lhe marcou?
Acredito que um bom jornalista precisa ser ético, observador, comunicativo e empático. Precisa saber interpretar bem os fatos e, é claro, deve gostar de ler e escrever. Várias matérias me marcaram. Amei criar conteúdo em homenagem a artistas como Milton Nascimento e Dona Onete, ambos incríveis. Cito ainda matérias que fiz sobre os festejos tradicionais do Norte de Minas, minha região – falar sobre a minha terra sempre me emociona. Esses são alguns exemplos de muitos projetos e pautas que me deixaram feliz. 
 
Projetos para o futuro?
Quero continuar na minha área, porque me encontro no que faço. E, quem sabe, voltar a dialogar com o universo audiovisual. Quanto aos estudos, pretendo fazer pós-graduação em diversidade e inclusão, temas que me são caros. Ainda existe muita desigualdade e discriminação em diversos espaços e refletir sobre como consigo lutar por isso através do meu trabalho é importante para mim.

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