Jackson Inácio da Silva, um dos 15 irmãos vivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - PT reafirmou que votará em Geraldo Alckmin - PSDB no segundo turno das eleições.
Jackson, que é operário e se diz militante do PT, afirmou que não votará no irmão presidente porque é contra a reeleição.
Em declarações a jornalistas, ele afirmou que Lula no passado também foi contra a reeleição e disse que não é justo um governante utilizar a legislação para se manter no poder.
- Lula teria que sair após quatro anos de mandato. Aí sim, o povo poderia ver se ele foi um bom presidente - opinou Jackson, que até agora sempre havia votado no irmão.
Sobre os escândalos de corrupção, Jackson disse que sente vergonha.
- O PT me deixou envergonhado. Era minha esperança, não tinha direito de errar - disse.
ESMOLA PARA O POVO
Operário do setor da construção, Jackson em três ocasiões foi candidato pelo PT a vereador em Mongaguá (litoral sul paulista). Ele criticou os programas sociais do governo federal, especialmente o Bolsa-Família.
- O Brasil não é só o Nordeste. Além disso, o Bolsa-Família é uma vergonha para qualquer governo. O povo não quer esmola, quer trabalho, casa para viver, escova de dentes. Não apenas arroz e feijão - comentou.
Ele garantiu que não se sente frustrado por não contar com a ajuda direta de seu irmão.
- Não é esse o problema. Ele tem que cuidar do Brasil. Aqui na família é cada um por si. Todos nós somos trabalhadores.
O ex-eleitor de Lula lembrou que a última vez que falou com o irmão foi no dia 1º de janeiro de 2003, na posse do presidente. Jackson tem mais contato com os irmãos que vivem em Santos. Mas não soube dizer em quem o resto da família vai votar no dia 29 de outubro.