Uma operação conjunta da polícia militar e polícia civil de Montes Claros resultou na prisão do acusado de latrocínio, João Ferreira de Medeiros, conhecido como ‘João de Du, na tarde desta quarta-feira, 21, cidade de Josenópolis.
O crime aconteceu no dia 17 deste mês na zona rural de Josenópolis, Norte de Minas, quando três homens encapuzados e armados com revólveres abordaram o comerciante José Esteves Pereira Oliveira, que conduzia uma moto Titan, para roubá-lo. O comerciante tentou fugir mas foi alvejado pelas costas e faleceu no local.
José Esteves que tinha um estabelecimento comercial em Salinas deixou a esposa e um filho de um mês de vida.
No momento do crime, o garupeiro que acompanhava o comerciante, Eli Costa Durães, conseguiu fugir e efetuou três disparos de revólver contra João de Du, atingindo-o no ombro.
João de Du fugiu com seus comparsas levando R$ 780 em dinheiro do comerciante.
Após sua prisão, João de Du, confessou a participação no latrocínio e indicou o nome dos outros dois homens que participaram do crime.
UNIÃO DE FORÇAS NO COMBATE AO CRIME
Em entrevista ao O Norte na manhã de ontem, o delegado regional da polícia civil, Aloísio Mesquita, destacou a importância da união de forças das policias civil e militar no combate ao crime de Montes Claros.
- Precisamos unir nossas forças e trabalhar juntos para combater o crime organizado e reduzir a zero o índice de criminalidade em Montes Claros. Este trabalho já está sendo realizado e temos conseguido resultados positivos – disse o delegado regional.
A reportagem de O Norte teve acesso a uma carta enviada pelo delegado regional, na manhã de ontem, ao comandante do 10º batalhão de polícia militar de Montes Claros, tenente coronel Hely José Gonçalves, enaltecendo o trabalho realizado pelos policiais militares na última operação conjunta com a polícia civil que resultou na prisão de quatro criminosos de alta periculosidade no Feijão Semeado, efetuada no dia 13 deste mês.
Na carta, Aloísio Mesquita, diz:
- Tendo em vista o relato do delegado Giovani Siervi, titular da delegacia de repressão aos crimes contra pessoa, referente ao cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela justiça contra os criminosos: Ricardo Gaspar Lopes, Reginaldo Renato Moura de Jesus, Wanilson Renato Moura de Jesus, Jardel Pereira Batista e Andrei Costa Ferreira, ocorrido no dia 13 deste mês, cujos infratores, que de forma abusada e sem sentimento de valor, esconderam suas identidades pelo uso do capuz, demonstrando frieza, insensatez e desumanidade ceifaram precocemente a vida do menor Renato Desidério Ruas, de 16 anos de idade.
Tanto autores como vítima eram envolvidos no tráfico de drogas, comércio de armas, com várias passagens pelos meios policiais, provocando terror e sensação de impunidade naquele bairro, já conhecido por ‘Feijão Semeado’.
O capitão Gildásio Rômulo Gonçalves e equipe, no dia e horário do jogo de abertura da seleção brasileira com a seleção da Croácia, não mediram esforços, e o mais importante, demonstrando respeito pela integração das policias, atendendo a solicitação do delegado Giovani Siervi, coroando de êxito as investigações, prenderam os autores já citados.
A PRISÃO
Foram presos no dia 13, o servente de pedreiro, Wanilson Renato Moura de Jesus, 26 anos, conhecido como ‘Nilson; Reginaldo Renato Moura de Jesus, 24 anos, conhecido como Ruquim, que tem dois registros de prisão cadastrada; e Jardel Pereira Batista; 23 anos, que tem um registro de prisão; todos residentes no Feijão Semeado, em uma casa localizada na rua Juiz de Fora daquele bairro, onde o quarteto estava reunido para assistir o jogo de estréia da seleção brasileira na Copa 2006.
Wanilson, Reginaldo e Jardel, são acusados de terem sido os executores da ordem de Marquinhos Costela (que tem quatro prisões registradas e é suspeito de ser o maior matador da história do trafico de Montes Claros e integrante de uma das quadrilhas que comandam o tráfico de drogas no Feijão Semeado, Morrinhos e Vila Tiradentes, e que está preso desde o último dia 26 de abril) para matar Renato. Também foi preso no local, Andrey Costa Ferreira, 23 anos, conhecido como ‘Didi’, que tem cinco registro de prisão. De acordo com o delegado Giovani Siervi, as investigações do inquérito da morte de Renato apontaram que Andrey teria comprado as armas do crime por R$ 8 mil e distribuído para os integrantes da quadrilha de Marquinhos Costela no Feijão Semeado.