(Mauro Miranda)
Operação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão de 20 integrantes de uma quadrilha especializada em assaltar instituições bancárias explodindo caixas eletrônicos em diversas cidades da região. Segundo a polícia, o bando recebia ordens de um detento do Presídio Regional de Montes Claros. Outros cinco suspeitos são considerados foragidos.
Dados da Polícia Civil apontam 17 explosões de terminais eletrônicos no Norte de Minas em 2017. Neste anos já foram quatro registros.
A quadrilha era muito bem organizada. Os criminosos utilizavam carros blindados e armas pesadas para praticar os roubos.
As investigações que culminaram na megaoperação realizada ontem (batizada Blindado) começaram há quatro anos, após a explosão de dois terminais eletrônicos dentro do aeroporto Mario Ribeiro, em Montes Claros.
O líder da quadrilha planejava e comandava os crimes de dentro do presídio e não teve o nome divulgado para não comprometer o andamento da operação. Segundo a polícia, o “chefe” foi preso em 2016 por homicídio e chegou a ficar na penitenciária máxima de Francisco Sá.
“Eles tinham uma organização criminosa muito bem articulada, hierarquizada no cometimento de diversos crimes graves, como homicídios e assaltos em Montes Claros. O líder do grupo que era o ‘cabeça’ de tudo, conhecia todas as práticas, técnicas que seriam e foram utilizadas para a prática dos crimes”, explicou a delegada Thalita Caldeira, responsável pela Operação Blindado.
Durante a ação desta terça-feira (17) foram cumpridos ao 25 mandados de prisão em Montes Claros e em Janaúba. A megaoperação envolveu as polícias Militar e Civil e também o Ministério Público. Ao todo, 87 policiais militares, 44 viaturas, dois helicópteros, cães farejadores e 59 policiais civis foram às ruas.
Além disso, 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Janaúba, Grão Mogol, Francisco Sá e Montes Claros, inclusive nos presídios e penitenciárias.