No mundo dos games a Nvidia é uma marca consagrada. Fabricante de placas de vídeo, a empresa californiana fundada em 1993 criou um nicho que revolucionou a indústria de jogos.

Agora, 31 anos depois, está prestes a se tornar a empresa mais valiosa do planeta. Há uma semana, superou a Apple em valor de mercado, com papéis avaliados em mais de US$ 3 bilhões.

Ela chegou a superar a Apple, ficando atrás apenas da Microsoft. Mas no pregão desta quarta-feira (12), a marca da maçã tinha assumido a ponta, valendo US$ 3,33 bi, enquanto a Microsoft de Bill Gates estava cotada em US$ 3,27 bilhões. A Nvidia até o meio da tarde acumula US$ 3,1 bilhões.

Mas por que a fabricante de peças de computadores conseguiu encostar nas duas marcas mais populares do ramo da tecnologia? A resposta é simples: a Nvidia se transformou no motor da inteligência artificial. Foi um movimento quase que acidental.

Seus processadores gráficos se tornaram os componentes mais valiosos dos computadores e puxaram a reboque o desenvolvimento de vários outros setores da cadeia como fabricantes de placas, memórias e até mesmo sistemas de refrigeração.

A Nvidia também foi responsável pelo salto qualitativo do visual dos jogos. Com processadores dedicados para gráficos, os estúdios passaram a desenvolver jogos extremamente realistas e sofisticados.

Mas atuava em nichos distintos: games, edição de vídeo, tratamento de imagens e projetos 3D. No entanto, por volta de 2014, ela percebeu que poderia utilizar seus processadores como componentes para sistemas de aprendizado de inteligência artificial. 

Suas poderosas placas que também se tornaram populares em “fazendas” de mineração de criptomoedas passaram a funcionar como parte dos cérebros dos projetos de IA de gigantes como Google, Meta, Microsoft, Amazon, Apple e OpenIA (do Chat GPT).

Isso tudo fez dela a principal fornecedora de unidades de processamento para as big techs que querem se despontar com inteligência artificial. Assim, enquanto seus concorrentes gastam dinheiro com IA, a Nvidia ganha dinheiro e seus papéis valorizam como ouro.

Para se ter uma ideia, a própria Nasdaq, a bolsa digital de Nova York, fez um levantamento sobre a valorização da marca. Quem investiu lá em 2014 a quantia de US$ 1 mil, hoje teria nada menos que US$ 255 mil. 

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