Gissele Niza
Repórter
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José Ribamar Gomes, conhecido como Riba ou Lourinho, um dos assaltantes de bancos e carros-fortes mais procurados do país, além de ser acusado de participar da tentativa de seqüestro que resultou na morte de empresário montes-clarense Djalma Freitas, da Alprino, no dia 07 de junho de 2004, em Montes Claros, fugiu do presídio regional Inspetor José Martinho Drumond, de Ribeirão das Neves, na última quinta-feira, 04.
O foragido, acusado de uma série de roubos e assassinatos em Minas e outros estados, saiu do presídio pela porta da frente, usando um uniforme de agente penitenciário. A fuga de José Ribamar resultou no afastamento de cinco diretores da subsecretaria de Administração Penitenciária: ex-diretor da superintendência de Movimentação Penitenciária, José Karan; assessor da superintendência Sebastião Libério; diretor geral do presídio, Marcelo Álvaro Toledo; os diretores de segurança da unidade, Wellington Carvalho de Jesus e Demerval Vieira.
O assaltante foi preso em junho do ano passado, acusado de participação em uma série de roubos a agências bancárias e a carros-fortes, inclusive o que resultou no assassinato do vigilante Cláudio Cândido Machado, 38 anos, em maio do ano passado, em Belo Horizonte. Nos assaltos, a quadrilha que José Ribamar integrava, usava inclusive uma metralhadora calibre ponto 50, arma de defesa antiaérea capaz de perfurar até mesmo a blindagem de veículos.
ASSASSINATO
Participaram, em companhia de José Ribamar, do crime que chocou a população montes-clarense: José Carlos Eulálio e Ismael Soares Ferreira, que estão presos no cadeião de Moc e foram transferidos na última quinta-feira para a penitenciária de segurança máxima de Francisco Sá, por participarem de um grupo que estava incitando outros detentos para uma rebelião.
O empresário Djalma Freitas foi assassinado quando seguia para uma chácara localizada em Moc, momento que foi cercado pelos assassinos, que começaram a efetuar disparos de fuzis contra seu carro.
Um dos tiros acertou o empresário, que morreu no local. Na época foram presos: José Ribamar, Ismael e José Carlos, mais 20 pessoas suspeitas de integrar a quadrilha.
Informações da polícia civil dão conta de que a intenção da quadrilha era assaltar dois carros-fortes que seguiam para a usina de Irapé, localizada em Grão Mogol, transportando R$ 2 milhões para pagamento aos funcionários da hidrelétrica.
Ainda segundo a PC, o plano dos assaltantes não deu certo e, então, tentaram seqüestrar o empresário Djalma Freitas.