Com o objetivo de valorizar as tradições mineiras e fortalecer a identidade cultural do interior do estado, o Sistema Fecomércio MG, por meio do Sesc Montes Claros, promove, desde a última sexta-feira (26) e neste sábado (27), uma edição do projeto Raízes Mineiras em Grão Mogol. A programação gratuita inclui oficinas de gastronomia, trilhas culturais e festejos que celebram a história e as manifestações artísticas locais.

A artista Dayana Martins, mediadora das trilhas, participou de todas as edições anteriores do projeto e compartilha a importância da Trilha Cultural na programação, além de antecipar o que o público pode esperar da experiência. “A trilha é um resgate cultural, um convite para olhar a importância daquele lugar e o que ele representa para a história, levando as pessoas a refletirem sobre o orgulho de quem elas são”, diz.

Sobre a construção do roteiro da trilha por Grão Mogol, Dayana conta que ele foi pensado com muito cuidado. “Sim, com muito capricho pela professora Nelcira Durães, que estudou cada ponto turístico da trilha e transformou a contação da história em forma poética”, revela.

Ao falar sobre o que a inspira como artista ao guiar essa imersão pelos pontos históricos da cidade, ela se mostra emocionada. “A cada trilha, conhecemos pessoas, ouvimos sobre suas tradições, seus costumes, as coisas em comum e as diferenças de cada lugar. Isso fortalece a minha identidade e o sentimento de amor pela minha cidade”.

O chef Guilherme Oliveira, formado em Gastronomia e docente do Senac em Montes Claros, explica a proposta da oficina que oferece durante o Raízes Mineiras. “A proposta principal é trazer uma conscientização sobre negócios: manejo de quitandas, criação de identidade visual, plano de negócios, organização de estoque e o entendimento geral sobre o que é vender produtos artesanais — seja em feiras, supermercados ou pela internet. A ideia é que as pessoas compreendam como organizar um negócio na cidade onde vivem”.

Sobre a escolha do tema “quitandas mineiras” e o que elas representam para a cultura gastronômica de Minas Gerais, Guilherme explica. “A temática foi sugerida pelo próprio pessoal do SESC, considerando que Grão Mogol é uma cidade pequena. E, quando pensamos em cidades menores, valorizar as quitandas ajuda a resgatar a identidade de um povo. No nosso caso, do povo mineiro, elas estão presentes no café da manhã, no lanche da tarde, são feitas para consumo próprio ou para venda. É uma tradição que conecta gerações”.

O gerente da unidade do Sesc Montes Claros, Daniel Vieira, destaca a relevância do Projeto Raízes na programação cultural do Sesc em Minas. “O Sistema Fecomércio, por meio do Sesc, tem no Raízes Mineiras um dos projetos de maior relevância em seu portfólio. A iniciativa busca fortalecer, fomentar e valorizar a cultura popular de Minas Gerais, promovendo a sustentabilidade de artistas locais por meio de apresentações e oficinas. O projeto é voltado ao público em geral, alunos, professores e educadores, sempre com foco na Cultura Popular e de forma totalmente gratuita”.

Sobre a escolha de Grão Mogol como sede desta edição, ele explica. “Trata-se de um centro histórico tombado, reconhecido como verdadeiro celeiro artístico e turístico, além de ser considerado patrimônio cultural mineiro. A cidade reúne pontos de grande visitação, como a Igreja Matriz de Santo Antônio, o Presépio Natural Mão de Deus, a Casa da Cultura, a Capela do Rosário e a Casinha do Garimpeiro”.
 
SERVIÇO
Programação — sábado, 27 de setembro
Das 8h às 12h
Oficina de Gastronomia: Manejo de Quitanda — Parte II
Local: Casa de Cultura (Rua Hilário Marinho, 91 — Grão Mogol)
Facilitador: Chef Gui Oliveira (representado por Eley Silvana)
Público: Empreendedores e empreendedoras (20 vagas)
Inscrições: Sympla
Apoio para inscrições: Espaço do Empreendedor (Rua Arthur Campos, 59 — Centro, Grão Mogol).
Das 9h às 11h
Trilha Cultural pelos Pontos Históricos
Mediação: Poeta e cantora Dayana Martins
Assistentes: Atriz Pricila Custódio e ator André Luiz
Atrações Culturais: Bella do Acordeon e Banda (Nicole Barbosa e Walber Fernandes), Ator Léo Alves — personagem “Garimpeiro”, Atriz Mel Soares — personagem “Mulher Sertaneja”
Roteiro da Trilha: Igreja Matriz de Santo Antônio (Praça Ezequiel Pereira, s/n), Presépio Natural Mão de Deus, Casa da Cultura, Rua Direita, Capela do Rosário e Casinha do Garimpeiro