Para comemorar o Dia do Escritor, celebrado nesta terça-feira (25), O NORTE traz uma entrevista exclusiva com a escritora e empreendedora, Jacqueline Birro. Natural de Várzea da Palma, Norte de Minas, aos cinco anos mudou-se com a família para Montes Claros. Seus pais entenderam que a cidade grande poderia oferecer melhores oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Atualmente, reside em Rio das Ostras, Rio de Janeiro. Nessa entrevista, a escritora fala de suas inspirações e sobre o livro que acabou de lançar: “Protagonistas”.
É seu primeiro livro? Fale um pouco dele.
Protagonistas é meu primeiro livro publicado. Tenho dois outros projetos em andamento, com um deles já previsto para 2024. O livro é uma obra belíssima, especialmente desenhada para o público feminino. Além da autora, foram convidadas outras seis coautoras (Alecsandra Manhães, Daniela Vieira, Maristela Tavares, Elizabeth Miranda, Isabel Gama, Renilde Costa) todas moram em Rio das Ostras para trazerem histórias da vida real. Cada capítulo apresenta as peculiaridades de momentos decisivos em suas vidas e como elas conseguiram superar seus desafios. Fui presenteada com a participação da filha, Alexandra Emerick Birro, que escreveu na contra capa, deixando nítida sua aptidão para a escrita. Essa conexão de várias mulheres unidas em prol de um objetivo comum só nos reforça a frase que costumo usar: juntas somos mais fortes e vamos mais longe! A escolha do título Protagonistas vem do seu significado de ação, movimento. Significa dar voz aos meus sentimentos, minhas verdades, minhas crenças e sonhos. Também alinha rota, traça novos passos e nos leva a ter foco naquilo que realmente agrega valor a nós e ao próximo. É ter um propósito de vida! Então, preparem os lencinhos (risos).
Como surgiu o seu interesse pela escrita?
Sempre gostei de escrever. E venho de uma família de escritores também. Meus tios Osmídia de Oliveira, Pedro de Oliveira e Selma Birro foram grandes inspirações. Inclusive a tia Selma Birro recentemente assumiu como presidente na ACLAV (Academia de Ciências, Letras e Artes de Várzea da Palma), sendo precedida do meu tio Pedro de Oliveira. Ambos com mais de dez obras publicadas. Na adolescência cheguei a montar uma pasta de poesias para apresentar no Psiu Poético, mas não tive coragem na época. O tempo foi passando e a chama por escrever um livro só aumentava.
O que te motiva a escrever?
O desejo de deixar um legado. Uma história que ajude outras pessoas. Textos que possam alcançar vidas além de onde meus pés possam pisar. Que minhas histórias possam colaborar na transformação de vidas, levando pessoas a ampliarem seus horizontes, sua autoestima e sua confiança em si mesmas, sabendo que podem e são capazes de ser tudo aquilo que tem sonhado.
Foi difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?
Não. Pela minha formação em letras, pude fazer revisão de texto e escrever prefácio, contra capa e outras pequenas participações em livros de amigos e familiares. Alguns deles já trabalhavam com a editora que escolhemos.
E com relação a outros autores? O que anda lendo?
Muita coisa boa. Entre eles há três que se destacaram no último semestre: “Mulheres que correm com lobos” de Clarissa Pinkola; “Comunicação não-violenta” de Marshall B. Rosenberg; “Gestão do Tempo para Mulheres Ocupadas” do casal Carolina Prudente Medeiros e José Rafael Medeiros.
Qual é o seu ritmo de trabalho? Você escreve um pouco todos os dias?
Considerando que escrevo devocionais e pequenos textos para minhas redes sociais, sim, escrevo todos os dias. Quanto aos livros, às vezes um parágrafo, às vezes imersão de um a dois dias inteiros só neste projeto. Vai de acordo com o surgimento das ideias e inspirações. Prazo que me coloco para finalizar. Enfim, uso muito meu smartphone para escrever porque toda oportunidade que eu tenho ou estou lendo ou escrevendo. Depois, vou juntando tudo no Word para facilitar a inclusão ou descarte das frases, parágrafos ou textos.