
Mais de 30% das propriedades rurais do Brasil são comandadas por mulheres. O número indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) parece acanhado, mas revela um crescimento importante para o agronegócio nos últimos anos.
É o caso de Hilda Loschi, engenheira agrônoma e a terceira geração da família a se dedicar aos negócios rurais na região de Montes Claros, Norte de Minas. Ao lado do irmão, ela comanda não somente a pecuária nas propriedades da família, mas também a produção de frutas – principal atividade deles.
Ela defende que a participação da mulher traz uma visão mais holística para as atividades. A primeira a ocupar um cargo de diretora no Sindicato Rural de Montes Claros, ela defende uma maior participação das mulheres não somente no trabalho nas fazendas, mas também nas discussões que permeiam o agronegócio.
“Homens e mulheres podem ter a mesma formação técnica. No entanto, temos visões diferentes de mundo. E isso é de extrema importância para trazer mais dinamismo ao negócio”, afirma. Hilda afirma, também, que apesar de ser um setor ainda muito masculino, a receptividade tem aumentado nos últimos anos. “Há acolhimento, há diálogo, e estamos todos em busca do mesmo objetivo, que é valorizar o agronegócio”, avalia.
O Sindicato Rural e o Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferecem diversos treinamentos e cursos que podem auxiliar as produtoras (e os produtores) rurais nas fazendas. Dentre eles está o Programa Sucessão no Campo, e os cursos de Gestão de Pessoas e Gestão Financeira.
*Com informações do Sindicato Rural de Montes Claros